Em seis meses, Capital arrecada mais de R$ 15 milhões com multas

Foto: Campo Grande conta
com radares fixos,
lombadas e agentes
para fiscalização/Bruno Rezende
Foto: Campo Grande conta com radares fixos, lombadas e agentes para fiscalização/Bruno Rezende

Infrações mais comuns são excesso de velocidade e avanço de sinal  

Anualmente, o número de infrações de trânsito chamam a atenção. Conforme informações repassadas pela prefeitura de Campo Grande, entre janeiro e junho deste ano foram aplicadas 172.220 multas de trânsito pelos fiscalizadores. No entanto, somente a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) foi responsável por 122.414 multas, que somam o montante de R$ 15.869.127,61351. As mais frequentes foram excesso de velocidade e avanço de sinal vermelho. 

Em nota, a agência esclareceu que, na Capital, os registro das infrações são realizados por equipamentos eletrônicos, agentes de trânsito, Guarda Municipal, Batalhão de Trânsito da Polícia Militar e Detran.  

“As infrações mais frequentes, cometidas de janeiro a junho deste ano, foram excesso de velocidade, avanço de sinal, não uso de cinto de segurança e utilização de aparelho celular. Com o objetivo de coibir tais infrações, a Agetran realiza a implantação de novas sinalizações semafóricas, horizontais e verticais, bem como as manutenções das mesmas, obras de adequações viárias, campanhas educativas, trabalhos de educação para o trânsito em escolas, universidades e empresas”, destacou. 

A fim de confirmar a queixa de alguns leitores do jornal O Estado, que relatam que não encontram agentes e viaturas de fiscalização pelas ruas da Capital, a equipe de reportagem conseguiu localizar, na tarde de ontem (24), apenas uma viatura da Agência Municipal de Transportes, na avenida Três Barras. Por outro lado, nenhum agente foi localizado nas avenidas, tais como: avenida Afonso Pena, avenida Mato Grosso, avenida Fábio Zahran e avenida Coronel Antonino. 

Segundo dados disponibilizados pela Agetran, Campo Grande conta com 93 radares em operação. Os equipamentos se dividem entre: radares fixos, equipamento misto com conversão, equipamento misto e lombada eletrônica. Conforme as estatísticas de instalação nos últimos anos, somente em 2019 foram instalados 66 aparelhos. No ano seguinte (2020), nenhum item foi adicionado ao sistema. Já em 2021, a Capital recebeu 8 novos radares. No ano passado, foram 15 radares implantados. 

QUANTITATIVO MENSAL DE INFRAÇÕES E ARRECADAÇÃO

MULTAS VALOR ARRECADO

 Janeiro: 19.798 R$ 3.246.568,64 

Fevereiro: 17.920 R$ 2.670.502,05

 Março: 19.652 R$ 3.214.348,67 

Abril: 16.946 R$ 2.504.009,85 

Maio: 22.360 R$ 3.934,083,51 

Junho: 25.738 R$ 4.229.764,32

 TOTAL DE MULTAS : 122.414 multas 

TOTAL ARRECADADO: R$ 15.869.127,61351

Infrações médias lideram ranking de registros em MS  

Foto: Única equipe da
Agetran foi localizada
nas proximidades da
avenida Três Barras/Nilson Figueiredo

Conforme o painel “Detran em Números”, somente nos seis primeiros meses deste ano, Mato Grosso do Sul já contabiliza 317.018 infrações de trânsito, sendo a maioria (41,50%) de natureza média, (26,12%) de natureza gravíssima e (24,94%) de natureza grave. Quando se analisam os meios pelos quais, estas ocorrências foram registradas é possível perceber que 33,73% foram consolidadas pelo Serpro – Talonário Eletrônico, 16,06% por radares fixos, 14,20% por equipamento misto e 4,81% por lombadas eletrônicas.

Vale lembrar que, segundo o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), as multas por excesso de velocidade são divididas em três graus: nível médio: 4 pontos no prontuário e multa no valor de R$ 130,16 quando a velocidade for superior à máxima permitida em até 20%. Grave: 5 pontos na CNH e multa no valor de R$ 195,23 quando a velocidade for superior à máxima em mais de 20% até 50% e gravíssima: casos mais extremos, quando a velocidade é superior à máxima em mais de 50%. Ela será autossuspensiva (pode gerar a suspensão da CNH, assim como outras medidas, após julgamento do processo) e a multa é de R$ 880,41. 

 Para quem for pego dirigindo segurando o aparelho celular, a multa aplicada será de natureza gravíssima, com penalidade de 7 pontos na habilitação e multa de R$ 293,47. Além disso, para quem trafegar sem usar cinto de segurança (condutor ou passageiros), a infração será grave, que gera uma multa de R$ 195,23 e cinco pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Ainda, quem não respeitar os semáforos, comete uma infração gravíssima, recebe 7 pontos na carteira e uma multa de R$ 293,47.

Fato que chama a atenção é que o destaque entre os municípios com maior número de aplicações: Campo Grande, com 207.465 infrações; Dourados, com 29.147 infrações; Três Lagoas, com 9.629 registros; Ponta Porã, com 6.245 e Corumbá, com 5.890. Por outro lado, temos cidades no interior do Estado com o menor número de registros, conforme o Departamento de Trânsito, tais como: Corguinho, com 31 ocorrências; Taquarussu, com 37;Japorã, com outras 49 infrações; Rochedo, com 61 multas e Jaraguari, com 66 infrações.

Segundo o chefe da Fiscalização de Trânsito do Detran- -MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), Rubens Ajala, essa diferença entre algumas cidades do mesmo Estado se dá tanto pelo número populacional quanto pelo número da frota de veículos. Atualmente, ele cita que o Estado possui, aproximadamente, dois mil agentes de fiscalização de trânsito. 

“Temos dois extremos. Primeiro, cidades com alto fluxo de veículos, pedestres e ciclomotores, onde temos que comparar com a frota circulante do local. Segundo o IBGE temos, em Campo Grande, mais de 900 mil habitantes, mas, com certeza, temos mais de um milhão de pessoas circulando nas nossas vias públicas. Por outro lado, temos os municípios pequenos sem uma grande quantidade de pessoas circulando nas vias, também existe uma consciência do condutor da cidade e um menor fluxo de veículos nas vias”, pontuou.

Com isso, sejam em cidades pequenas ou na Capital, o chefe de fiscalização orienta que todos os condutores colaborem para a redução das estatísticas de violência no trânsito. 

A dica que sempre orientamos os condutores é que ele não deve pensar só na fiscalização e aplicação de penalidades e sim na segurança, sua e das outras pessoas que circulam no trânsito. Se cada um fizer a sua parte, os índices de mortes no trânsito vão reduzir, com toda a certeza”, finalizou.

Por – Michelly Perez 

 Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.

Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *