O IBGE divulgou nesta quinta-feira (15), a PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) referente ao mês de abril. O volume de serviços, em Mato Grosso do Sul, apresentou queda de 6,6% no índice com ajuste sazonal, se comparado ao mês anterior.
Esse resultado é o pior resultado para o mês de abril, e o sétimo menor índice da série histórica iniciada em 2011. Em relação a abril de 2022, houve queda de 1,3% no volume de serviços. A variação acumulada no ano ficou em -0,2% e o acumulado em doze meses foi de 1,1%.
A PMS expõe, a partir da variável investigada, índices de receita nominal e de volume, este último como resultado da deflação dos valores nominais correntes por índices de preços específicos para cada grupamento de atividade (quando possível), e para cada Unidade da Federação, construídos a partir dos relativos de preços do IPCA.
No Brasil, serviços recuam em 26 das 27 Unidades da Federação em abril
Na análise regional, em abril, o volume de serviços recuou em 26 das 27 Unidades da Federação, em relação a março. Os impactos mais importantes vieram de São Paulo (-1,5%) e Rio de Janeiro (-5,5%), seguidos por Santa
Catarina (-3,5%), Goiás (-5,6%) e Mato Grosso (-4,2%). Em contrapartida, Ceará (1,0%) exerceu a única contribuição positiva do mês.
“Esse tipo de disseminação, seja de taxas positivas ou negativas, é muito incomum de acontecer. A última vez foi em setembro de 2020, quando 26 UFs tiveram resultados positivos”, observou Rodrigo Lobo.
Frente a abril de 2022, o avanço do volume de serviços no Brasil (2,7%) foi acompanhado por 23 das 27 Unidades da Federação. A principal contribuição positiva ficou com Minas Gerais (6,9%), seguido por Paraná
(8,7%), Santa Catarina (10,7%), São Paulo (0,6%) e Rio Grande do Sul (5,3%).
Em sentido oposto, Mato Grosso do Sul (-1,3%), Alagoas (-1,8%) e Amapá (-4,2%) assinalaram os únicos resultados negativos do mês.
No acumulado do primeiro quadrimestre de 2023, o avanço do volume de serviços no Brasil (4,8%) se deu de forma disseminada entre os locais investigados, já que 26 das 27 Unidades da Federação também mostraram
expansão na receita real de serviços.
O principal impacto positivo veio de São Paulo (2,4%), seguido por Rio de Janeiro (5,8%), Minas Gerais (8,4%), Paraná (10,5%) e Santa Catarina (10,4%). Por outro lado, Mato Grosso do Sul (-0,2%) registrou a única influência negativa sobre o índice nacional.
Transportes de cargas e de passageiros recuam em abril
No Brasil, o indicador especial de transportes por tipo de uso, tanto o transporte de cargas (-3,4%) como o de passageiros (-1,4%) apresentaram queda na passagem de março para abril.
No caso do transporte de passageiros no Brasil, foi o segundo resultado negativo consecutivo, período em que acumulou uma perda de 4,7%. Dessa forma, o segmento encontra-se 0,9% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 23,7% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).
Já a queda no transporte de cargas eliminou uma pequena parte do ganho de 8,0% verificado entre fevereiro e março. O segmento está 3,4% abaixo do ponto mais alto de sua série, alcançado em março de 2023. Com relação
ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 34,9% acima de fevereiro de 2020.
“O transporte de cargas tem peso maior, impactando mais o setor. Dentro de cada um deles, o rodoviário de cargas teve impacto mais decisivo, assim como o rodoviário coletivo de passageiros”, pontua o gerente.
Na comparação com abril de 2022, o transporte de passageiros recuou 5,2% e interrompeu uma sequência de 24 taxas positivas seguidas, ao passo que o transporte de cargas cresceu 7,8%, assinalando o 32º resultado positivo
consecutivo. No indicador acumulado do primeiro quadrimestre, o transporte de passageiros cresceu 3,9% e o de cargas avançou 10,7%. Acesse também: Operação mira prejuízo de R$ 300 milhões em contratos com Prefeitura da Capital
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