Santa Casa analisa restrição total de serviços “verdadeiro caos”

Ascom/ Santa Casa
Ascom/ Santa Casa

A Santa Casa de Campo Grande, um dos mais importantes hospitais da Capital, que atende diversos municípios de Mato Grosso do Sul está novamente em estado crítico para superlotação. Na manhã desta terça-feira (30) a instituição divulgou um novo boletim que indica ocupação de leitos em diversas áreas do hospital.

Conforme o comunicado, há 70 pacientes no Pronto-Socorro, sendo 49 na Unidade de Decisão Clínica (área verde), 34 internados e 15 em observação. Já na Unidade de Decisão Clínica Crítica (área vermelha) há 21 pacientes, sendo 20 internados e 6 intubados.

Segundo o Direto-técnico da Santa Casa, Dr. William Leite Lemos, a situação do hospital é de caos, desde a semana passada e destaca a situação da área ortopédica. “Chegamos a ter quase 60 pacientes aguardando cirurgia ortopédica no setor da pré-ortopedia, sendo que a equipe de ortopedia foi acionada para aumentar o quantitativo de especialistas a fim de atender esse volume gigantesco de pacientes”.

O hospital ainda informa que um ofício foi enviado a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e demais autoridades na manhã do dia 22 de maio, com a solicitação de apoio para desviar o fluxo de pacientes, para que assim a instituição não entre em ponto de colapso.

Ainda conforme Lemos, há pelo menos 40 pacientes na fila para cirurgias ortopédicas, e que alguns tiveram que utilizar ventilação manual. “Na Unidade Crítica (área vermelha), tivemos 32 pacientes e chegamos a ter dois tendo que ser ventilados manualmente pela falta de postos de atendimento com respiradores, uma vez que todos os disponíveis estavam ocupados”. Ele ainda reforça que a ventilação manual deve ser o último recurso, pois há chances de o paciente apresentar lesões devido à má-ventilação.

Além disso, a nota ainda diz que pacientes tiveram que ser alocados nos corredores externos devido à falta de espaço na instituição e que até as cadeiras acabaram. Agora, a Santa Casa analisa juntamente e Diretoria Técnica a possibilidade de restrição total dos serviços.

Em nota, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) disse que “os fluxos estão sendo remanejados dentro do possível e somente os encaminhamentos de casos onde o hospital é referência estão sendo feitos”.

 

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