Confira a coluna “Conectado”

Foto: Acervo pessoal
Foto: Acervo pessoal

Movimentação

O mês de maio está terminando prodigioso, em movimentação partidária. Pelo menos cinco das principais legendas do Estado estão promovendo ou promoveram eventos dos mais variados perfis. Todos, porém, com um foco em comum: as eleições municipais de 2024. A mobilização começou com a ministra Simone Tebet (MDB-MS), visitando a capital e reaproximando o MDB/ PSDB, partidos que poderão compor uma Federação. E o PSDB, de Reinaldo Azambuja e do governador Eduardo Riedel (PSDB- -MS), também se movimentou com a filiação de novos prefeitos em seu quadro e anunciando outros que ainda virão. O grupo da prefeita Adriane Lopes também não ficou para trás e também se mobilizou.

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…Equanto isso, o líder nas pesquisas em Campo Grande e pré-candidato, Lucas de Lima (PDT) tem movimentado os bairros com suas noites de flashback e de conversações com seus eleitores. O pré-candidato Beto Pereira é outro que tem cumprido extensa agenda nas sete regiões da cidade. Nessa semana, entre outras, ele se reuniu com integrantes do Instituto Chamamé (foto) e que agrega mais de 300 mil famílias de descendentes paraguaios que moram ou nasceram em Campo Grande.

A movimentação partidária observada ao longo deste mês é um bom sinal. Mostra que está mais viva do que nunca a disputa de ideias e projetos políticos. Mas, de maneira geral, os grupos se reúnem pouco e se prendem a questões internas. Ao contrário, deveriam promover mais encontros e extrapolar as paredes das sedes partidárias, plateias nos auditórios e mesas de restaurantes, que seria algo muito positivo. Fazer política é ter visão de longo prazo, para além de seus partidos e filiados. Que venha 2024 com boas propostas e projetos para a população e a política.

Política

Some uma extrema direita retrógrada, um centrão fisiológico com simpatias evidentes pelo atraso e parte de uma esquerda ultrapassada que ainda acredita que o caminho é o desenvolvimento a qualquer preço. Agora, lance aí no meio uma ministra que ousa falar de presente e futuro – sustentáveis. Marina Silva está cercada. Símbolo do que o Brasil quer ser para o mundo, Marina foi emparedada pela miopia da política comezinha. E a lealdade de Lula a ela e à agenda ambientalista está em teste. Minimizando a crise, o presidente Lula disse que agora o governo tem que “jogar” e negociar com o Legislativo. “Até então, a gente estava mandando a visão de governo que nós queríamos. A comissão no Congresso Nacional resolveu mexer. Coisa que é quase impossível de mexer na estrutura de governo, porque é o governo que faz. E agora começou o jogo. Nós vamos jogar, vamos conversar com o Congresso, vamos fazer a governança daquilo que a gente precisa fazer”, disse o presidente, que afirmou também que “o que não pode é se assustar com a política”.

Política 1 

Já Marina avaliou que o país atravessa um “momento difícil” e pediu que “árvores fortes” protejam o que é “essencial”. Também afirmou que “não gosta de ver” o que está “acontecendo no Congresso”. Em entrevista ao “Estúdio i”, da “GloboNews”, disse que um dos fatores para a aprovação da MP é uma mudança na correlação de forças entre o Executivo e o Congresso, com um ganho de poder do Legislativo nos últimos anos. “Infelizmente, nós estamos vivendo uma situação em que existem alguns setores que querem reeditar a estrutura de governança do governo Bolsonaro no governo do presidente Lula, desrespeitando a autonomia que o governo tem em relação à gestão e desrespeitando a própria MP do presidente que criou essa nova estrutura.”

Petrobras

Enquanto isso… O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, postou no Twitter que foi reapresentado, nessa semana, o pedido de retomada do processo de licenciamento da perfuração de um poço de petróleo na foz do Amazonas.

Populares

E a semana fechou com o governo querendo turbinar o setor automobilístico. Para isso, o vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB) anunciou a redução de IPI e PIS/Cofins para carros até R$ 120 mil. O corte vai ser temporário – a duração não foi anunciada – e gerar desconto no preço final de 1,5% a 10,96%, dependendo de três aspectos. “Primeiro item é o social, você atender à população que está precisando mais. Depois, eficiência energética, você premia quem poluiu menos, menos produção de CO2. Depois, densidade industrial. Se eu tenho uma indústria, em que 50% do carro é montado com peças feitas no Brasil, isso vai ser levado em consideração”, explicou Alckmin. A expectativa é que o carro popular, hoje em cerca de R$ 68 mil, fique abaixo dos R$ 60 mil. A venda direta ao consumidor também pode ajudar a reduzir o custo.

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O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Márcio Lima Leite, disse que é “muito possível” que haja carros abaixo de R$ 60 mil nos próximos meses. Para o executivo, a duração do corte tem de ser de no mínimo 12 meses. Para Míriam Leitão: “A proposta (…) tem alguma qualidade, do ponto de vista de política pública. Os benefícios fiscais vão apenas para os carros que atendam a critérios sociais, ambientais e que ajudem a indústria. E mais, é subsídio que tem prazo para acabar”, analisou.

Por Bosco Martins.

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