Articulação
Direto de Miranda, terra do ex-governador Pedro Pedrossian, na Câmara Municipal, nessa quinta-feira (18), às 18h30, foi palco da largada para a corrida eleitoral do próximo ano, com a filiação do prefeito de Miranda, Fábio Santos Florença, que migrou do PDT para o PSDB, a convite do presidente tucano, Reinaldo Azambuja. Fábio Santos Florença foi eleito ao cargo de vice-prefeito, substituiu, em 3 de maio de 2021, o prefeito eleito de Miranda, Edson Moraes de Souza, que faleceu nesse mesmo ano. Florença foi vereador do município por dois mandatos, 2013 a 2016 e 2017 a 2020, onde atuou como 1º e 2º secretário da Casa de Leis, respectivamente. Fabinho, como é conhecido na política, foi o escolhido para se candidatar a vice-prefeito pelo PDT, junto a Edson Moraes de Souza (PSDB), na chapa “Nova Era, Novos Rumos”, em que obtiveram 10.867 votos, totalizando 82,28% dos votos válidos, no pleito de 2020. Azambuja comemorou e deu as boas-vindas: “Hoje, o PSDB recebe a filiação de Fábio Santos Florença, prefeito de Miranda e outras importantes lideranças do município. O fortalecimento do partido é natural, diante das entregas que acontecem, nas 79 cidades e da política municipalista empreendida pela nossa gestão e que terá continuidade e crescimento na administração Eduardo Riedel. São todos muito bem-vindos ao ninho tucano!”
Articulação 1
O presidente do PSDB, Reinaldo Azambuja, foca em 2026, ao articular as eleições de prefeitos e vereadores, já visando as eleições de 2024, com a reeleição de Eduardo Riedel (PSDB- -MS) e a sua própria eleição ao Senado federal. As ações do partido, em especial para a disputa da Capital, tendo o deputado Beto Pereira à frente, visam, também, colaborar com os dois principais candidatos tucanos, fortalecendo ainda mais reeleição do atual governador e buscando boas condições e alianças para a eleição de Reinaldo Azambuja, em 2026.
Para isso, ter uma base ampla de prefeitos e, principalmente, garantir a Prefeitura da Capital são pontos fundamentais no fortalecimento dos tucanos para a disputa de 2024/2026. Com o aval do governador Eduardo Riedel (PSDB- -MS), o PSDB repete a estratégia vitoriosa no comando das ações e que deram certo nas articulações da eleição passada para governador e deputados, com Reinaldo Azambuja passando a cuidar pessoalmente das negociações políticas com os prováveis aliados. O PSDB-MS, assim, tomará iniciativas, sinalizando tanto para a disputa municipal de 2024 quanto para a estadual, de 2026.
Vaga
O TRE do Paraná decidiu que a vaga de Dallagnol, na Câmara, não irá para o primeiro suplente do Podemos, Luiz Carlos Hauly, porque este não atingiu 10% do quociente eleitoral, número mínimo de votos para o cargo. No lugar dele, vai para Brasília o pastor Itamar Paim, do PL, que, com isso, passa a ter 100 deputados. O Podemos, que caiu para 11, promete recorrer.
PowerPoint
Um dia depois da cassação de Dallagnol, o governo federal publicou, nas redes, uma ilustração comemorando realizações, com um desenho muito semelhante ao célebre powerpoint com que o então chefe da força-tarefa da Lava Jato buscou, em 2016, incriminar o hoje presidente Lula.
Prisão
Enquanto isso… O ministro do STF, Edson Fachin, votou para condenar o ex-senador, Fernando Collor (PTB-AL), a 33 anos de prisão por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e organização criminosa. O ministro Alexandre de Moraes acompanhou o relator e o julgamento segue, ainda, em discussão.
Emendas
Um bilhão de reais. Esse é o valor do lote de emendas parlamentares que o Palácio do Planalto deve liberar, nas próximas duas semanas. O governo vai priorizar aliados e congressistas que apoiem projetos de interesse do presidente, como o arcabouço fiscal. Até metade de maio, cerca de R$ 1,4 bilhão em emendas individuais foram liberados, menos que os R$ 3,5 bilhões, de janeiro a abril do ano passado.
Combustíveis
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse, em entrevista à “GloboNews”, que a empresa poderá seguir orientações do governo para precificar os combustíveis e criticou a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), aplicada anteriormente. “A Petrobras do governo anterior é uma Petrobras que combinava esse jogo, mas a Petrobras que combinava jogo acabou e ela vai fazer o que é importante para o Brasil. E, se tiver que seguir a orientação do governo, seguirá, se fizer sentido para ela, para o consumidor e acionista”, disse. Segundo Prates, conseguir esse equilíbrio é o principal desafio, no momento. Ele reforçou, ainda, que a empresa vai utilizar a vantagem comercial para definir o preço.
Combustíveis 1
Para o general Joaquim Silva e Luna, ex-presidente da Petrobras durante o governo Bolsonaro, o fim da paridade internacional é “uma grande mentira e não muda nada“. Segundo Luna, o PPI não era exatamente a política que definia os preços dos combustíveis. “Era apenas uma das referências.” Na avaliação dele, o governo aproveitou um momento positivo dos preços internacionais e da queda do dólar para fazer o anúncio e capitalizar ganhos políticos. “Há uma conjuntura de preços conspirando a favor do governo, mas a redução, anunciada pela Petrobras, já era aguardada havia pelo menos uma semana”.
Combustíveis 2
Enquanto isso, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) determinou que as Procons de todo o Brasil monitorem os postos de combustíveis, para verificar se a redução dos preços médios da venda de gasolina e diesel para as distribuidoras foi repassado aos consumidores. O secretário Wadih Damous justificou a medida, ao citar notícias veiculadas na imprensa sobre estabelecimentos que teriam aumentado, de forma suspeita, preços antes de a Petrobras anunciar a queda.
Por Bosco Martins.
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