Após duas quedas seguidas, indústria brasileira cresce 1,1%

Industrial
Foto: Miguel Ângelo

Em março deste ano a produção industrial brasileira registrou alta de 1,1%, na comparação com o mês anterior. O resultado positivo veio após duas quedas consecutivas (em janeiro e fevereiro) e um mês de estabilidade (dezembro de 2022). Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O setor também apresentou crescimento na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o crescimento foi de 0,9%. Contudo, a produção acumula queda de 0,4% no ano e estabilidade no acumulado de 12 meses.

A pesquisa mostra que na comparação com fevereiro deste ano, a indústria registrou avanço em 16 dos 25 ramos pesquisados. Entre os setores em destaque estão de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%), máquinas e equipamentos (5,1%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (6,7%).

Outros setores que contribuíram para o crescimento da indústria são os farmoquímicos e farmacêuticos (3,2%), equipamentos de transporte (4,8%), produtos químicos (0,6%), couro, artigos para viagem e calçados (2,8%) e de produtos de minerais não metálicos (1,2%).

O segmento de produtos diversos se manteve estável, mas oito apresentaram queda, entre eles confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,7%), móveis (-4,3%) e produtos de metal (-1%).

Entre as quatro grandes categorias econômicas da indústria, três tiveram alta de fevereiro para março: bens de capital, que inclui máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (6,3%), bens intermediários, ou seja, insumos industrializados usados no setor produtivo (0,9%) e os bens de consumo duráveis (2,5%).

A exceção ficou com os setores de bens de consumo semi e não duráveis, que recuaram 0,5% no período.

Pesquisador do IBGE, André Macedo destaca que mesmo diante a alta de março, ela não foi suficiente para recuperar as perdas recentes. Ele afirma que há elementos na conjuntura do país que explicam parte das dificuldades na recuperação do setor industrial brasileiro.

“Ainda permanecem no nosso escopo de análise as questões conjunturais, como a taxa de juros em patamares mais elevados, que dificultam o acesso ao crédito, a taxa alta de inadimplência e o maior nível de endividamento por parte das famílias, assim como o grande número de pessoas fora mercado de trabalho e a alta informalidade”, destacou em nota divulgada pelo IBGE.

Com informações da Agência Brasil.

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