O número de empresas ativas em Campo Grande continua em crescimento e chega a 122.787, conforme dados da Receita Federal. Os dados que consideram apenas pessoas jurídicas ativas com atividade mercantil indicam um crescimento de 10,85% frente a abril de 2022.
Os dados também refletem no número de pessoas exercendo atividades remuneradas. Segundo o último levantamento sobre desemprego divulgado pelo IBGE, Campo Grande fechou 2022 com índice de 3,1% de desocupação, a segunda menor entre as capitais, o que poderia indicar uma situação de pleno emprego.
“O pleno emprego é conhecido como o mais alto grau do uso de forças produtivas da economia, principalmente no uso de trabalho. Este cenário é considerado na macroeconomia quando toda a mão-de-obra, qualificada ou não, pode ser empregada devido ao grande impulso que deixa a economia em equilíbrio”, explica o economista e superintendente de Indústria, Comércio, Serviços e Comércio Exterior da Sidagro, José Eduardo Corrêa dos Santos.
De acordo com o CAGED do Ministério do Trabalho e Previdência, Campo Grande gerou mais 1.098 vagas no mercado formal no mês de março. No acumulado de 2023, foram gerados 2.558 empregos formais, sendo 1.359 apenas no setor de serviços. Indústria e construção criaram juntos 1.053 novos empregos. No comércio, houve supressão de 48 vagas, em decorrência de um movimento sazonal de dispensa de trabalhadores contratados temporariamente para atender o fluxo de fim de ano. No acumulado de 2023, Campo Grande aparece na oitava posição entre as 27 capitais que mais ampliaram seu contingente total de empregados com carteira assinada.
“O número maior de empresas constituídas e a segunda menor taxa de desocupação entre as Capitais só vêm demonstrar a força que Campo Grande tem para a economia do nosso estado. Estamos entrando em um período ainda mais favorável, onde o consumo é impulsionado pelas comemorações do Dia das Mães, o que deverá injetar cerca de R$ 145 milhões no comércio varejista local”, disse o secretário municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Adelaido Vila.
As informações compiladas no Boletim Econômico de Campo Grande edição abril/2023 ainda revelam que Mato Grosso do Sul registrou alta de 3,2% (em fev/2023) no comércio varejista ampliado na comparação com janeiro, recuperando parte das perdas do mês anterior (-5,1%). Já o setor de serviços avançou 3,8%, recuperando as perdas registradas em janeiro (-1,8%). O desempenho das atividades comerciais e de serviços está diretamente ligada à conjuntura macroeconômica atual, marcada pelas incertezas políticas e altas taxas de juros. Importante dizer que o IBGE não divulga dados para os municípios, mas que Campo Grande representa quase 40% do montante estadual de comércio e serviços.
A Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro) estima que a variação do Produto Interno Bruto (PIB) chegue a 2,5% no ano de 2023. Como comparação, a média projetada no Boletim Focus do Banco Central publicada em 2 de maio é de crescimento de 1,0% em âmbito nacional.
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