Organização criminosa era investigada pelo envio de 17 t de cocaína para Europa

Foto: Divulgação
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Foi deflagrada nesta quinta-feira (30), a Operação Hinterland, em repressão ao tráfico internacional de drogas da América do Sul para a Europa, que envolvia organização criminosa estruturada em duas grandes empresas de logística marítima. A droga era produzida na Bolívia e era remetida para o Brasil por um fornecedor paraguaio e ingressava no país por meio de Ponta Porã.

Pelo menos 200 policias federais e 12 servidores da Receita Federal foram às ruas para cumprir 534 ordens judicias, entre prisão preventiva, busca e apreensão e bloqueios de contas bancárias vinculadas a 147 CPFs e CNPJs, 66 bloqueios de movimentação imobiliária de 66 pessoas físicas e jurídicas. Além disso, houve a proibição de expedição de GTAs (Guia de Trânsito Animal) por quatro investigados.

Com as medidas executadas, a descapitalização da organização criminosa poderá chegar a 3,85 bilhões de reais, valor estimado das transações ilícitas identificadas durante o período da investigação.

A Operação Hinterland teve início em março de 2021, a partir de informações recebidas pela Polícia Federal de que 316 quilos de cocaína haviam sido apreendidos na cidade de Hamburgo, na Alemanha, em dezembro de 2020, a partir do Porto de Rio Grande.

A investigação indicou que a droga produzida na Bolívia era remetida para o Brasil por um fornecedor paraguaio e ingressava no país por Ponta Porã/MS. Posteriormente, a cocaína era transportada em caminhões até o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e armazenada nas próprias empresas da organização criminosa ou em depósitos próximos aos portos de Rio Grande e Itajaí.

A droga era inserida em cargas regulares com a intervenção e coordenação da alta administração das empresas de logística, sem o conhecimento dos contratantes, proprietários das cargas lícitas (normalmente de insumos que poderiam mascarar a droga quando submetida aos controles alfandegários). Já no continente europeu, o grupo comprador do entorpecente, furtava a parte da carga regular que continha a cocaína, para distribuição em diversos países da Europa.

Em dois anos de investigação, foi comprovado que a organização criminosa movimentou 17 toneladas de drogas que tinham como destino a Europa, sendo que 12 toneladas foram apreendidas.

Para a realização da Operação Hinterland, a Polícia Federal celebrou acordos de Cooperação Policial Internacional com a Alemanha e Paraguai, e acordos de Cooperação Jurídica Internacional com a França e a Alemanha, para execução das medidas.

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