Mulher é morta por ex-marido com golpes de canivete e esganadura

ivinhema
Foto: Divulgação

Uma mulher, identificada como Iva de Souza, de 48 anos, foi assassinada na própria casa pelo ex-companheiro, na noite do último sábado (4), na cidade de Ivinhema, a 280 quilômetros de Campo Grande. Com a morte de Iva, Mato Grosso do Sul contabiliza três mortes por feminicídio no ano de 2023.

De acordo com informações da polícia, a vítima foi encontrada ensanguentada e sem roupas dentro da residência, a perícia criminal foi acionada e constatou se tratar de uma morte violenta. O suspeito do crime, o ex-marido da vítima, de 33 anos, foi preso em flagrante, pelo crime de feminicídio. Ele tinha lesões no braço e na costela.

Inicialmente o homem negou o crime e disse que foi até a casa da ex para discutir o relacionamento e que ela teria partido para cima dele, e portanto deu um golpe de canivete nela para se defender. Ao questionado sobre os ferimentos no braço, o suspeito disse que brigou em uma bar, mas as haviam provas contra ele, o que o fez confessar o crime.

Preliminarmente, o laudo necroscópico da vítima apontou como causa morte, esganadura, que é quando se constringe o pescoço da vítima com as mãos, bem como traumatismo craniano, devido a ação de objeto contundente sobre a cabeça da vítima.

O suspeito foi preso em flagrante por feminicídio e ficará à disposição  da justiça. A vítima já havia registrado um boletim de ocorrência de violência doméstica contra o ex-marido e o caso segue em investigação.

Feminicídio

Feminicídio é o assassinato de mulheres por questões de gênero; ou seja, quando a vítima é mulher e quando o crime envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Em 2015, o governo federal sancionou a Lei 13.104 conhecida como Lei do Feminicídio, que torna o assassinato de mulheres por questões de gênero como um crime hediondo, porém em 2021, o Estado foi o terceiro do país com mais vítimas de feminicídio, tendo registrado 35 vitímas, segundo dados do FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública).

Serviço:

Disque 180

O Disque-Denúncia, criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), permite denunciar de forma anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Os casos recebidos pela central chegam ao Ministério Público.

Disque 100

Para casos de violações de direitos humanos, o disque 100 é um dos meios mais conhecidos. Aliás, as denúncias podem ser feitas de forma anônima para casos de violações de direitos humanos.

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