Apesar de não estar definido ainda, usuários já estão revoltados com reajuste da tarifa

Tarifa
Foto: Nilson Figueiredo

A população campo-grandense segue sem saber o valor definido para o transporte coletivo na Capital. De acordo com o que havia sido acordado, a Prefeitura de Campo Grande tinha o prazo até 18 de janeiro para informar aos usuários o reajuste definido.

Contudo, já iniciando o mês de fevereiro os passageiros ainda não têm a certeza do novo valor. Com a tarifa técnica decretada em R$ 5,80 no início deste ano, há uma estimativa de que o passe de ônibus passará a custar R$ 4,65 para os usuários, indicando um aumento de R$ 0,25 para o bolso dos passageiros. No centro da Capital, a revolta pelo aumento no valor do transporte toma conta e a reportagem de O Estado ouviu essas pessoas.

Para a saladeira Marta Guilherme, 49 anos, que utiliza do transporte público diariamente para ir trabalhar, o aumento representa um gasto a mais. Apesar de fazer uso do cartão do vale-transporte, cedido pelo restaurante onde trabalha, o valor é descontado de seu salário. “Pagamos da mesma forma, e no fim do mês isso pesa no nosso bolso. O salário não de forma significativa, mas as despesas sim. Daqui um pouco vamos, literalmente, pagar para trabalhar”, disparou inconformada.

Em contrapartida, há quem ache justo o reajuste da tarifa, tendo em vista que as demais coisas também aumentam o valor. Contudo, a insatisfação por parte dos usuários é sempre a mesma: a falta de qualidade no serviço oferecido para a população.

“Tudo nessa vida sobe o preço, e quanto a isso está tudo bem. Mas não evoluir nos serviços, daí não dá. Precisamos de ônibus novos, de um atendimento melhor nos guichês, pois muitas vezes os atendentes são grosseiros. As frotas de ônibus são velhas e sujas. Um trabalhador que usa roupas brancas não pode sentar nos bancos, porque não limpam e estão sempre sujos. Diante tudo isso, ainda é justo fazer com que paguemos mais?”, questionou a professora aposentada Creuza Silva, 61 anos, enquanto esperava no ponto.

Enquanto alguns relutam para aceitar o novo valor, mesmo que ainda não definido, outros já desistiram de acompanhar a “saga” do aumento do valor do passe de ônibus. Segundo Fernando Henrique, 26 anos, ultimamente tem compensado mais usar os carros de aplicativos.

“Com os rumores de que o passe poderia custar R$ 8,00 cogitei seriamente em fazer um plano mensal com algum motorista para ir trabalhar”, destacou.

Procurado pela reportagem, o município não respondeu aos questionamentos quanto ao novo valor do transporte público que deverá ser cobrado dos usuários.

Por Brenda Leitte – Jornal O Estado do MS

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