Baldes e tambores lideram lista de itens com mais focos de Aedes aegypti

Foto: Divulgação/ Prefeitura de Campo Grande
Foto: Divulgação/ Prefeitura de Campo Grande

Itens de uso doméstico foram os que mais apresentaram focos do mosquito transmissor Aedes aegypti, responsável por transmitir doenças como dengue, zika e chikungunya. Os dados fazem parte do Levantamento Rápido de Infestação (LiRaa).

O levantamento, realizado CCEV (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais) da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), divulgado nesta sexat-feira (20), identificou 392 focos de Aedes aegypti em materiais chamados de inservíveis, ou seja, passíveis de descarte, e em locais de usos comum e contínuo, mas que não recebem os devidos cuidados, o que os torna potenciais criadouros de larvas do mosquito.

O balde doméstico de plástico liderou o ranking do levantamento, seguido de pneus. Durante as vistorias dos agentes de saúde, foram encontrados 66 focos nesses locais, o que representa  16.84% da parcela total de focos.

A lista de possíveis criadouros segue com pneus, com predominância de 13.52% dos focos, seguidos de tambor (9.18%), potes (8.42%), caixa d’água (7.65%), vasos de plantas (5.87%), pratos de plantas (4.08%), piscina (3.83%), latas (3.32%), entre outros itens como garrafas e restos de construção.

Indicações

Caixas d’água, cisternas, tonéis, tambores e filtros precisam ser fechados. Outro item que inspira cuidados são os reservatórios de eletrodomésticos, como no caso de geladeiras e climatizadores. 

É preciso observar se a geladeira possui um reservatório ou coletor de água do degelo automático, que geralmente fica na parte de trás, perto do motor). Se existir, é preciso limpar com água e sabão a bandeja onde o líquido fica acumulado, pelo menos uma vez por semana. No caso de climatizadores ou aparelhos de ar-condicionado, é necessário retirar o compartimento, esvaziá-lo e lavá-lo.

Já os ralos, além de limpos, precisam estar com telas específicas para evitar o surgimento de criadouros. Além disso, se água com larvas for encontrada, não pode ser jogada em ralos ou na pia, e sim na terra ou no cimento quente. 

Um dos modos de prevenir criadouros é descartar objetos nos lugares corretos e levar o lixo para fora de casa somente no dia da coleta. Recipientes e sacos plásticos, garrafas, latas, sucatas, ferro-velho e entulhos em construção são grandes fontes de larvas do mosquito. Se possível, a recomendação é para furar o fundo de latas, tampar latas, manter garrafas com tampas ou viradas para baixo.

Operação Mosquito Zero

Desde novembro do ano passado a Secretaria intensificou as ações de combate ao mosquito, por meio da campanha “Operação Mosquito Zero”, que percorre as sete regiões urbanas da Capital, com vistorias, manejo e orientação. A região do Prosa será alvo da campanha esta semana, durante a quarta etapa; as ações serão realizadas até o fim de fevereiro.

Dados epidemiológicos

Em sete dias, Mato Grosso do Sul confirmou 206 novos casos de dengue, o que representa uma alta de 895% se comparada a primeira semana de 2023, quando foram contabilizadas 23 confirmações. Os dados são do boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul) divulgados na quarta-feira (18).

Desde o início de 2023 o Estado contabilizou 1.106 casos prováveis e 229 confirmações por dengue. O percentual de casos prováveis subiu 206% em sete dias, passando de 272 para 834.

Apesar do Estado não ter registrado óbitos em 2023, no ano passado o número de mortes decorrentes da dengue teve um salto de 64% passando de 14 mortes em 2021 para 23 em 2022.

Capital

Do dia 1º a 19 de janeiro, foram notificados 162 casos de dengue em Campo Grande. Em todo o ano de 2022, foram confirmados 8.234 casos confirmados e sete óbitos provocados pela doença.

Infestação

Ainda segundo o levantamento, no mês de janeiro deste ano, cinco áreas de Campo Grande foram classificadas como risco para infestação do Aedes aegypti: Vida Nova, Seminário, Coophavila, Silva Regina, Cidade Morena e Batistão. Outras 40 áreas estão em alerta e 25 apresentam índices satisfatórios. A relação completa pode ser conferida aqui.

Com informações da repórter Lethycia Anjos.

Leia mais:

Casos de dengue sobem 895% em sete dias e acende alerta em MS

Acesse também as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *