O valor pedido pelo Consórcio Guaicurus, que eleva o preço da passagem do transporte coletivo em Campo Grande, já estava previsto em TAG (Termo de Ajustamento de Gestão), entregue pela equipe da Prefeita Adriane Lopes (Patri), ao TCE (Tribunal de Contas do Estado), em novembro de 2022.
Após o anúncio e cumprimento da greve dos motoristas de ônibus nesta quarta-feira (18), veio a tona o novo valor pedido que passa dos atuais R$ 4,40 para 7.80. O valor, se aprovado pela Câmara Municipal, pode colocar a Capital como a cidade com passagem de ônibus urbano mais caro do País.
Em ofício encaminhado ao TCE em 21 de novembro de 2022, assinado pelo Diretor Presidente Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), Odilon de Oliveira Junior, equipe da prefeitura já havia calculado o valor e relatado no documento Proposta de remodelagem econômico -financeira indicada e aprovada pela prefeitura.
A greve dos motoristas que param nesta quarta-feira é motivo do impasse e possibilidade de aumento. Os condutores cruzaram os braços, pois exigem 16% de reposição salarial, contestado pelas empresas que dizem ter condições de arcar com apenas 6,45% do valor pedido.
Em novembro do ano passado, ao oficiar o TCE, Odilon de Oliveira Júnior, propôs novo modelo de cálculo na tarifa, que previa a remuneração pela distância efetivamente percorrida, pelos veículos operados e disponibilizados pelo Consórcio Guaicurus.
A época, Odilon dizia que, para equilibrar a questão econômica das empresas prestadoras de serviço na Capital, era necessário que o valor fosse para R$ 7,90 que confirma o aumento de 77% pedido hoje pelo Consórcio.
Alegando não ter condições de manter o funcionamento do sistema sem reajuste na tarifa, o Consórcio Guaicurus, diz enfrentar prejuízo financeiro milionário desde 2020, quando começou a pandemia da Covid-19.