Na Capital, situação das ruas piora a cada chuva e causa prejuízo aos motoristas

Chuva buraco
Foto: Marcos Maluf

Prefeitura garante que a Secretaria de Infraestrutura mantém equipes do tapa buraco nas sete regiões

Entra ano e sai ano, e não há como dirigir em paz em Campo Grande. São tantos os buracos que só por milagre não cair e não ter o veículo danificado. As crateras surgem a cada chuva de verão, comum no mês de janeiro. No entanto, não é nenhuma novidade aos moradores da Capital, que as ruas da cidade estão completamente esburacadas.

O jornal O Estado percorreu por alguns bairros da cidade e pode notar que a situação dos bairros Jockey Clube, Vila Nha Nhá e Piratininga é precária, diversas ruas possuem buracos em toda a sua extensão, na rua Voluntários da Pátria, no Jockey Clube, registramos mais de quatro quadras com buracos. Até as grandes e movimentadas avenidas como a Manoel da Costa Lima contam com algum trecho esburacado.

Nas épocas de chuva, a situação passa a ser pior ainda, pois, além de surgirem novos buracos nas vias e os que já existem são escondidos pela água, o que impossibilita a percepção por parte dos motoristas, principalmente aos motociclistas.

Como é o caso da jornalista Nathalia Souza, de 27 anos, que utiliza uma motocicleta para locomoção pela cidade. Para ela, a situação já passou dos limites há muito tempo e o asfalto de já está velho e desgastado.

“Parece que o asfalto da cidade é uma casca de ovo, não importa o tanto que chova, mesmo quando são poucos minutos, já começam a aparecer valas no asfalto! O tapa buracos não resolve mais. A quantidade de veículos aumentou muito e as vias já não aguentam o fluxo. Não dá pra saber o que está pior: se é a situação da rua esburacada, ou o bate-bate de tantos remendos, o asfalto está parecendo uma colcha de retalhos”, afirma.

A estudante Maria Alice Weiler, 25 anos, costuma atravessar a cidade do bairro Vila Nasser para a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), que fica localizada na Av. Costa e Silva na Capital, destaca que os buracos estão demais na cidade.

“Todos os dias, eu atravesso essa cidade de carro e está cada vez pior! Cada dia é um buraco novo, e com esse período de chuvas, é difícil pro motorista. Só em janeiro, já furei dois pneus e quem paga? A prefeitura, com certeza, não é. Precisamos de mais eficiência na administração pública, andar nessas ruas está um caos”, desabafa.

O construtor Mauro Fernandes, 61 anos, transita bastante pela Capital entre um obra e outra. Ele garante que está difícil encontrar nos bairros uma rua que não tenha buracos.

“Passo por diferentes bairros todos os dias, posso contar com uma mão as ruas que não possuem buracos. E, normalmente, as que não têm foram recapeadas recentemente”, assegurou.

Retorno

Em nota, a prefeitura, informou que a Secretária Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos mantém equipes de tapa buraco nas sete regiões urbanas, mas que o período de chuva compromete o andamento do serviço.

Mesmo com cratera aterrada pela prefeitura, moradores do Noroeste temem novo deslizamento

Após grande repercussão na mídia, a Prefeitura de Campo Grande realizou o aterramento de uma cratera, que se abriu há quase três anos nas ruas Pinheiro Machado com a rua Água Funda, no bairro Noroeste na Capital. O buraco que começou pequeno, foi aumentando a cada chuva e se tornou uma grande cratera, que estava preocupando muito os moradores e trabalhadores da região.

Depois de anos tentando resolver o problema da cratera, um morador da região entrou em contato com vários veículos de imprensa para que fosse chamado atenção das autoridades para a questão. O assessor parlamentar Juliano Alexandro, de 21 anos, afirmou que a preocupação da população aumentava a cada dia e que o buraco estava inclusive invadindo o terreno ao lado, onde existe uma marcenaria.

Após a divulgação do problema, na tarde da última quinta-feira (12), agentes da prefeitura compareceram ao local e fizeram um aterramento parcial, mas de acordo com Juliano a curto prazo pode ser que a ideia funcione, mas com o passar do tempo e com as fortes chuvas que estão ocorrendo na cidade, podem desabar tudo novamente.

“Nós entendemos e agradecemos a solução da prefeitura, mesmo após quase três anos, mas quem mora ali na região sabe que toda a água que desce das ruas de cima do bairro, caem ali, é uma pressão muito forte da enxurrada e provavelmente a terra vai descer junto”, disse Juliano.

E como havia sido previsto por Juliano, com chuva de sexta-feira (14), a água passou arrastou um pouco da terra utilizada pela prefeitura e invadiu completamente a marcenaria que fica no local.

Um dos funcionários da empresa, Jhonatan Andrade, 21 anos, contou à reportagem que chegaram a pedir para os funcionários da prefeitura que expandissem o aterro para que durante a chuva a água não invadisse o local, e assim foi feito. Mas bastou poucos minutos de chuva na tarde da sexta-feira (13) para que a marcenaria se tornasse um rio.

“Eu até falei para eles que tinham que quando a chuva viesse essa terra não ia aguentar parar água, pedimos para expandir com esse intuito, mas infelizmente não acho que vá resolver”, explicou.

Por Camila Farias – Jornal O Estado do MS.

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