Cantando em inglês, português, espanhol e guarani, banda vem a Capital pela primeira vez

Foto: divugação
Foto: divugação

Por Méri Oliveira

Pela primeira vez em Campo Grande, a banda Versión Palma Loma Blues faz pelo menos dois shows na Capital esse fim de semana: no Apache Rock Bar hoje (13) e no Blues Bar neste sábado (14), com o melhor do blues tradicional, com um som cheio de bom-humor e autoral, em inglês, espanhol e – isso mesmo – guarani.

Em conversa com o jornal O Estado, o cantor e instrumentista Dominique Bernal conta que a banda teve início há 12 anos. “Versión Palma Loma Blues, também conhecida como VPL Blues é uma banda que nasceu na cidade de Luque, bem ao ladinho, coladinha em Assunção, no Paraguai, em 2010, temos 12 anos, sem interrupção, de shows, de muitas satisfações”.

A banda é composta por quatro integrantes e um componente de honra: Na bateria, Rafael Arce é quem comanda a cadência, Aaron Zorilla é o baixista, Cali Jativa é o cara da guitarra, Roberto Benítez é o baixista de honra, e Dominique Bernal, também conhecido popularmente como “Domi”, é o vocalista, gaitista e saxofonista. Pode até parecer algo como “assobiar e chupar cana”, mas acreditem, não é! A energia de Domi no palco é contagiante, e o tempo entre canto, harmônica e sax é satisfatoriamente dividido, não deixando coisa alguma a desejar.

A banda tem dois álbuns gravados, que podem ser encontrados nas plataformas digitais, e muitos trabalhos audiovisuais entre clipes e mini-docs, que podem ser encontrados no YouTube.

Como diz o título desta matéria, a Versión Palma Loma Blues já é velha conhecida de quem frequenta o Bonito Blues & Jazz Festival, em Bonito, há alguns anos, pois Domi é, há um bom tempo, uma das figuras mais esperadas do evento, quase um cidadão bonitense. “A cidade de Bonito já é como uma casa para mim, minha segunda casa. Já tenho muita experiência [no BBJ], ganhei muitos amigos, muitos momentos fantásticos, maravilhosos, e é um festival que me fortalece não apenas artísticamente, mas sim como ser humano, por poder me conectar com pessoas maravilhosas.”

Quando perguntado sobre algo curioso das vindas anteriores, o músico discorre de maneira bastante carinhosa sobre o que pode conhecer de MS. “O Brasil é como uma escola de idiomas. Nós aprendemos o português vindo tocar aqui em Bonito e alguns lugares de MS. Alguns aprendem mais do que outros, mas é lindo. É lindo o intercâmbio de culturas, aprender o idioma, a gastronomia, sobre a sociedade em si, sobre as pessoas… creio que esse intercâmbio de aprendizagem tem um valor enorme para nós”, dispara.

Entretanto, é a primeira vez que a VPL vem a Campo Grande. “É a primeira vez que vamos a Campo Grande, estamos muito emocionados de estar em Campo Grande”, afirma o frontman.

Ao ser perguntado sobre o que mais gosta em MS, Domi é bastante afetuoso ao falar: “O que mais gosto em MS são as pessoas. Qualquer um diria a natureza, a paisagem – que também são coisas maravilhosas – mas as pessoas, a maneira como tem recebem… As pessoas recebem os estrangeiros de forma calorosa, com muito amor, com muita alegria, e isso não tem preço, é uma coisa maravilhosa, é uma coisa fantástica que tem o cidadão sul-mato-grossense, que se dá muito bem com os paraguaios, e isso dá muita satisfação.”
O que esperar de VPL Blues?

Bernal adianta que a banda pretende fazer uma grande celebração. “O público pode esperar uma festa paraguaia! Traremos todas as canções do álbum e também vamos fazer canções do blues tradicional norte-americano. Faremos algumas canções – bem pouquinhas – de músicas em português, vamos usar muito guarani e um pouquinho de folclore, também e, assim, vamos descobrindo os gostos para que todas as pessoas possam gostar de pelo menos uma parte do show.”

Novidades

Dominique afirma que sempre há algo novo de Versión Palma Loma Blues. “Na semana passada saiu um material audiovisual, que é uma homenagem ao ‘avô’ do rock paraguaio, Chester Swann, e fizemos uma canção que se chama ‘Yo no me arrastro, puedo volar’ (‘Eu não rastejo, posso voar’), fizemos a nossa versão desta música, e está no YouTube. Também estamos compondo músicas novas e projetando algumas coisas. Não temos data ainda, nem pressa, simplesmente vamos fazer as coisas em seu devido momento e deixar que fluam”, adianta.

“Já os planos para este ano são de continuar tocando em festivais, gravar tudo o que seja possível, e tentar, talvez, algum festival de blues em Assunção, não sei se para 2023, 2024, mas tentar criar algum novo festival de blues, precisamos de um festival desses em Assunção, é o que mais queremos”, conta o saxofonista.

Consideraciones finales número 8, agradecimiento a mi querida amiga Mary. Agradecimiento a Alfonso. Alfonso Rodríguez y a el señor Rodrigo teixeira, ellos dos son los quienes nos ayudaron a hacer esta turné, no iba a ser posible una turné sin ellos dos, asique agradecimiento para ellos, agradecimientos también para todas las personas de bonito. Campo grande dura: por ahí Pedro Juan que nos esperan, nos tratan con mucho cariño.

Serviço – Versión Palma Loma Blues deve se apresentar na sexta-feira (13), no Apache Bar, na Rua Brilhante, 3.718, Vila Bandeirantes. Mais informações no @apache_rockbar, no Instagram.
Já no sábado, é a vez do Blues Bar receber a banda, com abertura da Dente de Ouro. Os ingressos custam R$ 25 na entrada, e o Blues Bar fica na Rua XV de Novembro, 1186, Centro.

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