Homem acusado de matar companheira é foragido da justiça e usava nomes falsos

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O suspeito de matar a própria mulher, Naiade Aparecida Gutterres Weidas, de 35 anos, na tarde do último sábado (31), tem um mandado de prisão em aberto, expedido pela Justiça pelo crime de tráfico de drogas. Além disso, o homem usa diversos nomes falsos. O crime aconteceu na casa do casal, em Corumbá, a 417 quilômetros de Campo Grande. 

Segundo informações do site Diário Corumbaense, familiares da vítima informaram para a polícia que o homem usava os nomes de Reginaldo Marques Junior, SD, Felipe, Pablo e Sandinho. O nome verdadeiro do suspeito seria Reginaldo Mera Rodrigues, natural de Goiânia, Goiás.

Ainda segundo a família de Naiade, em outubro de 2022 a vítima teria recebido um “dossiê” sobre o companheiro, com quem morava a poucos meses, mas mesmo assim manteve o relacionamento.

O mandado de prisão por tráfico de drogas foi expedido no dia 15 de fevereiro de 2019 pela Justiça de Campo Grande. Reginaldo seria evadido do regime semiaberto e teve decretada a volta para o sistema fechado. Ele segue foragido. O carro que ele dirigiu após matar Naiade foi encontrado no domingo (01) e era de propriedade da vítima.

O corpo de Naiade está sendo velado e o sepultamento ocorre às 16h. Ela era funcionária do Centro de Convivência dos Idosos e deixa uma filha, que vai completar 15 anos neste mês.

O crime

Uma mulher, identificada como Naiade Aparecida Gutterres Weidas, de 35 anos, morreu no fim da tarde de sábado (31), após ser baleada dentro de casa. O crime aconteceu em Corumbá, a 420 quilômetros de Campo Grande, o marido da vítima, identificado apenas como Felipe, é o principal suspeito.

De acordo com informações do site Diário Corumbaense, Naiade foi deixada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) por um homem que dirigia um carro tipo Ônix, de cor branca. Testemunhas ainda relataram que o veículo entrou pelo acesso de emergência, localizado nos fundas da Unidade, e que ao chegar, o motorista abriu a porta rapidamente e que praticamente jogou a vítima no chão, chamando por atendimento e dizendo que ela precisava de cuidados médicos.

O suspeito fugiu logo em seguida. Naiade tinha perfuração no tórax e nas costas e não resistiu aos ferimentos.

Um homem que realizava serviços de instalação de ar-condicionado na residência da vítima, presenciou o fato. Ele relatou a Polícia Militar que ouviu Naiade questionar o marido a respeito de uma mulher. Logo em seguida já ouviu o disparo de arma de fogo.

A testemunha procurou saber sobre o que havia ocorrido quando viu o suspeito, muito nervoso, pegando o carro e estacionando na entrada da casa. A vítima estava caída no chão, sangrando e ele ajudou a coloca-la dentro do veículo. Ele ainda disse que ouviu o suspeito dizer “fiz m…, não era pra ter atirado“.

O suspeito saiu em seguida, levando a vítima. Com medo de o homem voltar e tentar algo contra si, a testemunha deixou a casa, levando somente uma mochila de ferramentas e deixando outros materiais no imóvel.

Felipe ainda está foragido. As Polícias Civil e Militar realizam buscas para localizá-lo. O caso segue sendo investigado, sendo a principal linha de investigação o feminicídio. A polícia ainda pede que se alguém tiver informações sobre o paradeiro do suspeito, que entre em contato por meio do telefone 190.

Com informações do site Diário Corumbaense.

Serviço

Feminicídio é o assassinato de uma mulher por questões de gênero; ou seja, quando a vítima é mulher e quando o crime envolver (I) violência doméstica e familiar ou (II) menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Feminicídio por violência doméstica e familiar (também chamado de “feminicídio íntimo”) é quando o crime decorre da violência doméstica, na maioria das vezes praticada em âmbito familiar, por alguém conhecido, com quem a vítima possui ou possuía uma relação afetiva, em razão da perda do controle sobre a mulher, da propriedade que o agressor julgava ter sobre a mulher; o feminicídio por menosprezo ou discriminação é aquele que resulta da misoginia – que é o ódio ou aversão a mulheres, aversão a tudo que é feminino e, muitas das vezes, é precedido por violência sexual, mutilação e desfiguração da mulher.

Disque 180

O Disque-Denúncia, criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), permite denunciar de forma anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Os casos recebidos pela central chegam ao Ministério Público.

Disque 100

Para casos de violações de direitos humanos, o Disque 100 é um dos meios mais conhecidos. Aliás, as denúncias podem ser feitas de forma anônima para casos de violações de direitos humanos.

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