Neste ano, 76 pessoas morreram no trânsito da Capital, maioria das vítimas eram motociclistas

Trânsito
Foto: Nilson Figueiredo

Avenida Afonso Pena, Duque de Caxias e Ernesto Geisel foram as vias mais violentas

Campo Grande chega ao final do ano de 2022, com o registro de 76 mortes em acidentes de trânsito. Destes, 51 foram motociclistas. Os dados são do BPTran (Batalhão de Trânsito da Polícia Militar), que realizou o levantamento de 1º de janeiro a 18 de dezembro de 2022. Além dos motociclistas, os pedestres são o segundo grupo com mais vítimas fatais nesses acidentes, somando 15 vítimas no período analisado. 

De acordo com o levantamento da Agetran (Agência Municipal de Trânsito), de janeiro a novembro de 2022 foram registrados 6.474 acidentes, desses 3601 foram com vítimas. Os meses de fevereiro e outubro, lideram o ranking de acidentes com 11, em segundo lugar o mês de março com 9, junho com 8, janeiro e maio com 7, julho com 6, agosto e abril com 4, novembro com 3 e setembro com 2 ocorrências. 

De acordo com a Ivanise Rotta da Agetran, no ano passado mesmo que a população tenha trabalhado a questão da pandemia menos pessoas na rua, o número de óbitos foi de 86 e neste ano, foram contabilizados dez a menos. “A questão desde que a gente começou a monitorar sistematicamente, com o Programa Internacional Vida no Trânsito a gente vem trabalhando com os dois fatores de riscos principais. A questão da velocidade nos horários onde há os óbitos é na madrugada, porque são momentos que você desenvolve maior velocidade. Campo Grande tem regulamentado 50 km/h por hora, porque é uma velocidade de segurança e isso não é baixa velocidade. Quando eu estou a 50 km, eu consigo desviar, consigo frear e mesmo que o acidente ocorra ele não será grave nem fatal. A probabilidade ela é bem maior de sobrevivência e de preservar vidas”, disse. 

O segundo fator destacado por ela, principalmente na Capital, é a questão de beber e conduzir veículos. “Infelizmente nós continuamos achando normal tomar uma, duas, três ou dez, se sentir bem e tomar a direção. É pertinho, eu vou devagar, as inúmeras desculpas que utilizamos e a gente precisa chegar nesse patamar de inteligência e de compreensão, de tomada de consciência, de sensibilização de que a bebida alcoólica tira, não só a minha vida como a vida de outras pessoas no qual famílias poderão chorar, em vez de comemorar principalmente esse final de ano”, afirma Ivanise. 

Ainda segundo a Major Gabriela da BPTran, as principais vias ondem ocorrem esses acidentes, são a Avenida Afonso Pena, Duque de Caxias e Ernesto Geisel. “Geralmente as avenidas que ocorrem mais acidentes, são as avenidas mais longas e com grande fluxo de veículos como as que citei a cima. Então quanto a isso, não há o que se falar em bairros específicos”, disse. 

A Agetran segue realizando campanhas preventivas e educativas, que se dá por meio de palestras nas empresas, por meio de vídeos e nas abordagens educativas. Neste ano a Agência está presente na cidade do Natal, onde conversam e dão orientações para sensibilizar as pessoas. “O que a gente está precisando realmente é ter empatia e saber que o meu comportamento não prejudica a mim mas a minha família, os meus amigos e os desconhecidos que eu posso prejudicar. E o nosso desejo é que todos cheguem em sua casa com saúde e em segurança”, finalizou Ivanise.

Por Camila Farias – Jornal O Estado do MS.

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