Chegada do verão pode impactar safra

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Foto: Divulgação/Semagro

Aspectos climáticos da estação podem favorecer e também prejudicar culturas em MS

Iniciado oficialmente na quarta-feira (21), o verão chega com promessas negativas e positivas para o setor agropecuário. Em Mato Grosso do Sul, as culturas de soja e milho são as mais visadas na região para a safra 2022/2023.

Em Mato Grosso do Sul, os meses de janeiro e fevereiro são sempre os mais preocupantes já que a chuva deve chegar à medida para não interferir na produção. Conforme o Canal Rural, o veranico-chuvas abaixo da média- podem causar impacto negativo no armazenamento de água no solo e nas culturas que se encontrarem em estágios de desenvolvimento mais sensíveis.

Apesar das incertezas geradas pela estação, as expectativas são positivas para a produção de grãos 2022/2023, na visão da Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul), André Dobashi. “Nós já estamos consolidados, nossos técnicos estão a campo finalizando a última semana de monitoramento. Nós estamos com 3,9 milhões de hectares semeadas, mais ou menos 2,5% a cima da safra anterior”, ressalta.

No verão, as chuvas se tornam recorrente na maior parte dos estados brasileiros, a contar com a região Centro-Oeste, onde os campos com a soja já plantada podem ser beneficiados com o aumento dos níveis de água no solo.

Produção

Ainda de acordo com Dobashi, a previsão é de 53,44 sacos por hectare, sendo praticamente 40% a cima da safra anterior, contudo, vale lembrar que a anterior foi uma grande frustração de safra para Mato Grosso do Sul que teve uma seca bem acentuada, principalmente no Sudeste do Estado.

É importante lembrar que toda a região Sul do Estado, Sul fronteira, Sudoeste foi bem afetada por essa seca, o que resultou numa safra 2021/2022 abaixo do esperado para o produtor de Mato Grosso do Sul. “Por isso que com base na média de 53,44 projetada para próxima safra os números ficam praticamente 40% acima, resultando em mais de 12 milhões de toneladas de soja produzidas no Estado”, explica.

Por fim, o presidente da Aprosoja lembra também do efeito que o fenômeno La Nina pode exercer sobre a safra 2022/2023 caso ocorra na região. “Aponta 50% de manutenção do La Nina, mas temos também um indicativo de enfraquecimento desse La Nina, tendendo a neutralidade. Chuvas um pouco abaixo do esperado, mas um desenvolvimento das lavouras bom. Então, a gente conta com o equilíbrio desse fenômeno para que a gente tenha uma ótima colheita e passe desses 12 milhões de toneladas previstas pela Aprosoja”, conclui.

Por Evelyn Thamaris – Jornal O Estado do MS.

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