Greve de comissários e pilotos impacta voos na Capital

Aeroporto de Campo Grande
Foto: João Gabriel Vilalba

Aeroportos de todo o Brasil amanheceram congestionados nesta segunda-feira (19), devido à greve dos comissários e pilotos. A paralisação ocorreu entre 6h e 8h (no horário de Brasília) e resultou no atraso de alguns voos. Em Campo Grande, apesar dos profissionais não aderiram à greve, passageiros relataram atrasos de mais de 1 hora para embarcar.

A paralisação foi anunciada na última quinta-feira (15), pelo SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas), e inclui os principais aeroportos do país, como Congonhas e Guarulhos (São Paulo), Galeão e Santos Dumont (Rio de Janeiro), Viracopos (Campinas), Porto Alegre, Fortaleza, Brasília e Confins (Belo Horizonte).

O advogado Felício Rocha veio de Brasília para Campo Grande e relatou que seu voo teve um atraso de 40 minutos, apesar disso ele ressalta que não é contrario a greve.

“Já estava sabendo da greve, atrasou um pouco nosso dia, mas nada que impacte muito a rotina”, afirmou.

Apesar de a greve ter sido anunciada dias antes, alguns passageiros foram pegos de surpresa como o caso da Terapeuta Liane Ribeiro.

“Meu voo atrasou 1 hora, em dia normal já é difícil, e dezembro fica ainda pior. Não estava sabendo da greve e quando cheguei em Congonhas também não avisaram”, destacou.

Marcos Rodrigues e Janaína Serpa saíram do Aeroporto Internacional de Congonhas, em São Paulo, onde foram registrados cerca de 20 voos em atraso.

“Nosso voo teve 1 hora de atraso, o embarque estava previsto para às 7h. Ficamos sabendo da greve antes de sair e no Aeroporto não nos informaram nada, mas como já sabíamos foi tranquilo, mais difícil mesmo foi para as crianças que são mais impacientes”, explicou Marcos.

No Aeroporto da Capital dois voos registraram mais de 20 minutos de atraso, dentre eles um voo de Brasília, da Latam, que estava previsto para chegar às 8h e pousou às 8h25, e um da Gol, com origem de São Paulo, com previsão de aterrissagem às 7h45, mas chegou às 8h20.

Aeroporto de Campo Grande

Foto: João Gabriel Vilalba

Reivindicação

Conforme a nota divulgada pelo SNEA (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), os profissionais alegam que o preço das passagens foi fortemente afetado nos últimos anos devido à pandemia de Covid-19, conflitos na Europa, desvalorização do real frente ao dólar e aumento do preço do petróleo.

Na a última proposta do SNEA, que foi reprovada em assembleia, a categoria pedia o reajuste de 100% do INPC no salário, diárias nacionais, seguro de vida e vale-alimentação, além de garantir a data base 01/12 e todas as cláusulas financeiras e sociais da Convenção Coletiva enquanto as negociações estivessem em curso. Contudo, o sindicato, alega que até o momento não receberam nenhuma contraproposta do SNA.

Após o indicativo de greve ser anunciado, a ministra Maria Cristina Peduzzi, do TST (Tribunal Superior do Trabalho), determinou que apenas 10% da tripulação, incluindo pilotos, copilotos e comissários poderão cumprir a greve, ou seja, 90% da categoria deve continuar ativa para o trabalho sob pena de multa de R$ 200 mil.

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Com informações do repórter João Gabriel Vilalba.

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