Com informações dos repórteres Mariely Barros com Marcos Maluf
O Estado Online visitou o Bairro Noroeste, nesta semana, para saber como está a expetativa do pessoal para a ceia de Natal do próximo dia 25. Sem muito luxo, a população da região afastada do centro da cidade vê que as condições não são as melhores na hora de ir ao mercado, escolhendo as opções mais simples e satisfatória para a família.
Cada pessoa entrevistada tem um plano diferente em mente, mas que por que por conta dos altos preços dos alimentos, resolveram não fazer uma grande festa, mas que celebrarão o dia do mesmo jeito.
A costureira Maria Neres, 56, é esperta e foi convidada para passar o natal fora de casa. “Eu não tenho expectativa nenhuma de realizar uma ceia para o natal. Mas, se meus filhos quiserem ficar comigo aí resolvemos de última hora. O que Importa é a família, dinheiro a gente não tem mesmo.”
Maria avalia que nos últimos anos está ficando mais difícil de comemorar o Natal. “Vemos que tudo está muito caro, então prefiro fazer algo mais simples, sem faltar saúde e paz. Porque comemos qualquer coisa e ficaos felizes, o importante é estar com a família.”
Fazer uma lasanha ou um churrasco está mais difícil, mas não é impossível, segundo a costureira. “Sempre fazemos uma ajustada aqui, outra economizada ali”, conta a moradora esta juntando as economias e fazendo vaquinha pra ir curtir pelo menos a casa do Papai Noel na Avenida Afonso Pena.
A proprietária de uma lanchonete da região, Vanessa Souza, 29, já se conformou com o aperto no bolso e a situação econômica do Brasil. “Não estou me preparando para uma ceia, a família toda vai viajar e vou ficar sozinha. Almocinho e churrasquinho já está bom, só para mim e meu menino. Sobre os preços nos mercados, sempre este nesse mesmo patamar, sobe e desce, então não está fazendo muita diferença.”
Já a situação da Aparecida Idalina Da Silvia, 59, a ceia de Natal será simples, como o resto dos outros dias. Ela disse que não sobrou nada das economias neste final de ano juntamente por conta das compras do mês. “só as contas chegam e a dinheiro nada, sobrou nada para fazer. Cada Natal que passa a família vai se distanciando mais.” completa a dona de casa que confirmou não fazer banquete e muito menos decoração, mas que pensa em ir na cidade do natal com as crianças da casa.
Antes do natal, o aposentado Heitor Conceição, 78, pensava em comemorar as festas de final de ano com os dois filhos em Corumbá, porém, por conta de uma cirurgia marcada para o dia 2 e o preço das passagens de ônibus de viagem, preferiu ficar em Campo Grande com a sobrinha.
Não ta facil, não só pra mim para todo mundo. Nós agradecemos de passar com a família da gente e tomar um refrigerante, comer uma carninhas, tem que agradecer a Deus. Um pouquinhos mas vai ter. Fui convidado também a passar na chácara da igreja. mas vou passar no barrio coophatrabalho com a sobrinha.” Acesse também: No primeiro dia de horário estendido para Natal; comerciantes registram aumento nas vendas