Mato Grosso do Sul está em 9º lugar no ranking de estados com maior incidência de casos de dengue no país em 2022. Os dados são do boletim epidemiológico da dengue, divulgados pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), nesta quarta-feira (30).
Segundo os dados da semana epidemiológica 47, foram registrados 592 novos casos, considerado queda se comparado com a semana anterior, onde foram registrados 867 casos.
O estado já registrou 24.476 casos prováveis este ano e segue com 871,2 de incidência. O município de São Gabriel do Oeste apresenta a pior incidência de MS, com 6.634,6, que leva em questão a relação entre o número de casos e a população.
Além disso, 60 cidades estão em alerta para alta incidência, que significa acima de 300 casos por 100 mil habitantes. Apenas o município de Alcionópolis apresenta indice verde, com cinco casos prováveis e incidência de 92,3.
Campo Grande já registrou, até o momento, 8.451 casos possíveis de dengue, em comparação com Eldorado, que não apresentou nenhum caso.
Foram registradas 22 mortes por dengue em 2022, sendo o último registro o do óbito de uma idosa, de 90 anos, em Porto Murtinho, em 16 de novembro. Ela tinha hipertensão arterial. Um bebê de 11 meses também veio a óbito por dengue este ano, na cidade de Nioaque, no dia 24 de setembro. A vítima não apresentava comorbidades.
Dengue
Doença febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico: enquanto a maioria dos pacientes se recupera após a evolução clínica leve e autolimitada, uma pequena parte progride para doença grave. Fatores de risco indivíduais determinam a gravidade da doença e incluem idade, comorbidades (doenças pré-existentes) e infecções secundárias.
Sintomas
É todo caso de dengue que, no período de defervescência da febre apresenta um ou mais dos seguintes sintomas:
Dor abdominal intensa e contínua ou dor à palpação do abdômen;
Vômitos persistentes;
Acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, pericárdio);
Sangramento de mucosas;
Letargia ou irritabilidade;
Hipotensão postural (é a diminuição súbita da pressão arterial ao se levantar de uma posição deitada ou sentada, principalmente quando de maneira brusca);
Hepatomegalia maior do que 2 cm;
Aumento progressivo do hematócrito.
Tratamento
Baseia-se principalmente na hidratação adequada, e leva em conta o estadiamento da doença (grupos A, B, C e D) segundo os sinais e sintomas apresentados pelo paciente, assim como no reconhecimento precoce dos sinais de alarme.