Várias lojas da região central optaram por fechar e reabrir após a partida
A maioria dos lojistas de Campo Grande decidiu interromper o horário de funcionamento, nessa segunda-feira (28), para poder torcer para a seleção brasileira, na Copa do Mundo. Alguns comércios baixaram as portas por volta das 11h30 e só reabriram após o apito final do confronto entre Brasil e Suíça, por volta das 14h30.
De acordo com o presidente da CDL-CG (Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande), Adelaido Vila, o comércio não é abalado pelas atividades acerca dos jogos já que se trata de um hábito cultural. “Quem tem intenção de comprar, vai comprar, mesmo que ela não seja neste momento dos jogos, ela volta e compra em outro momento.”
“Os jogos da Copa fazem parte da nossa cultura. Nisso, o comércio é sempre beneficiado e as vendas são recuperadas. Não adianta abrir, você aborrece o trabalhador e não gera vendas”, salienta o representante dos lojistas.
Na loja Mix Cosméticos, o encarregado do setor de compras, Matheus Varela, 20 anos, revela que a opção de fechar a loja durante o período do jogo é uma saída mais vantajosa. “Não compensa manter aberto porque o movimento cai muito, praticamente zera.”
Responsável pelo setor de vendas, Katiane Rodrigues, 32 anos, comenta que para os funcionários também é mais viável a fim de que não fiquem com pendência de horas a pagar. “Não compensa porque, se liberamos mais cedo, depois tem de pagar essas horas”, explica.
Outra questão levantada pelos gestores da Mix é em relação à concorrência, já que, segundo eles, as lojas que se encaixam no mesmo nicho de vendas também optaram pelo fechamento durante o tempo de jogo. “Os principais locais param, então é vantajoso, isso sem falar que podemos deixar os funcionários acompanhar a partida e depois retornar para vender”, relata Matheus.
A loja de utilidades Giga também preferiu baixar as portas no momento da partida entre Brasil e Suíça. O encarregado do local, Édipo da Silva Coelho, explica que a escolha vem da matriz, que fica no Paraná, contudo ele concorda que seja a melhor opção. “Os clientes somem, então ficar aberto ou não, acaba dando na mesma”, disse.
O rapaz ainda conta que é disponibilizado um local para que os colaboradores possam acompanhar os jogos. “Temos uma sala de descanso, com televisores e hoje rolou até pipoca e refrigerante para o pessoal.”
O gerente da Magazine Luiza, Welington Servim, 28 anos, explica que durante os dois últimos jogos essa foi uma saída viável. “Optamos por fechar em razão do movimento que cai significativamente, com várias lojas que também fecham, e claro, além da vontade em comum de todos em querer acompanhar as partidas”, detalha o gestor.
Gasto médio
Sondagem sobre intenção de compras para o período da Copa do Mundo de Futebol, realizada pelo IPF-MS (Instituto de Pesquisa Fecomércio-MS), mostra que o campo-grandense está disposto a investir até R$ 200 em produtos para a data. Esta é a intenção de 76,9% das pessoas que responderam à pesquisa, realizada na última semana de forma espontânea e online.
“O campeonato está muito próximo das festas de fim de ano e, mesmo com aporte de 13º. Salário, acreditamos que as pessoas estão guardando esse dinheiro para outros investimentos, talvez mais relacionados às despesas de fim de ano”, afirma a economista Regiane Dedé de Oliveira.
Mesmo apontando a intenção de se reunir em casa (40,5%) ou na casa de amigos (23,8%), os respondentes afirmam que não vão investir em uma nova televisão (88,5%). A camiseta (89,7%), a bandeira (26,9%) e acessórios (21,8%) são os artigos que estão na mira desse consumidor.
Por Evelyn Thamaris – Jornal O Estado de MS.
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