Fronteira entre Brasil e Bolívia é novamente bloqueada

Protestos
Foto: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

A fronteira entre Brasil e Bolívia foi novamente fechada na tarde de ontem (17), mas desta vez por caminhoneiros do lado brasileiro. O lado boliviano da fronteira estava bloqueado desde o dia 22 de outubro por manifestantes que reivindicam a realização do Censo Demográfico em 2023.

A manifestação denominada Paro Cívico, ocorre em todo o departamento de Santa Cruz de la Sierra com objetivo de pressionar o governo a antecipar o Censo Demográfico, contudo governo de Luis Arce comunicou que o Censo só será realizado em 2024. Desde 2012 não há pesquisa do censo demográfico na Bolívia.

Após 27 dias fechada a fronteira foi temporariamente liberada na manhã de ontem (17), os veículos passaram pela linha internacional das 8h às 10h. A abertura temporária da fronteira gerou revolta nos caminhoneiros do lado brasileiro que decidiram bloquear a

Conforme o site Diário Corumbaense, na tarde de ontem aproximadamente 150 caminhoneiros bloquearam a fronteira do lado brasileiro. Representante dos caminhoneiros, Deriwelton destaca que a categoria reivindica a abertura definitiva da fronteira.

“Já são 27 dias e ficou insustentável para nós, caminhoneiros. Apoiamos a paralisação deles, da vez passada, em 2019, foram 21 dias de fechamento, ficamos tranquilos. Só que agora, os Comitês Cívicos deles acham que são donos da fronteira, abrem e fecham quando bem entendem e não comunicam o setor de transporte pesado. Muitos caminhões que estão dentro da Agesa, fiel depositário da carga, estão lá há 27 dias, e, hoje, ficou um acordo de liberação para a saída dos caminhões, mas menos da metade saiu”, disse em entrevista ao site Diário Corumbaense.

No último domingo (13), representantes do Paro Cívico se reuniram com a Associação de Transportes Pesados da Bolívia, na ocasião foi acordado a linha internacional de Corumbá seria liberada das 8h às 12h, contudo a fronteira voltou a ser fechada duas horas antes do previsto, o que motivou o bloqueio do lado brasileiro.

Desde o início das manifestações os Comitês Cívicos permitiram que consultas médicas agendadas e ambulâncias terão acesso livre para cruzar a fronteira.

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