Investigações preliminares apontam que as explosões que atingiram os gasodutos de Nord Stream 1 e 2, responsáveis por transportar gás russo pela Europa, foram derivadas de sabotagem, porém, nenhum país foi acusado.
A informação surgiu do procurador Mats Ljungqvist, que comanda a ação na Suécia. “As análises feitas mostram restos de explosivos em vários dos objetos estranhos encontrados”, disse. “A continuidade da investigação preliminar mostrará se alguém pode ser processado”, acrescentou.
Em 26 de novembro, foram detectados quatro vazamentos nos gasodutos, que não estavam em operação devida á guerra da Ucrânia e Rússia, mas que ainda estavam repletos de gás por questões técnicas. Segundo investigadores, As inspeções reforçam as suspeitas de sabotagem, já que antes dos vazamentos, ocorreram explosões nos gasodutos que ligam a Rússia à Alemanha.
De acordo com Lion Hirth, professor da Hertie School de Berlim, para que essa sabotagem fosse realizada seria necessário mergulhar a 70 metros de profundidade. Ele afirma que “danificar dois gasodutos no fundo do mar não é algo fácil, por isso, provavelmente foi um ator estatal”, descartando implicitamente que tenha sido um ato terrorista.
Diversas possibilidades começaram a ser levantadas, já que um exército poderia realizar esse ato. Uma delas é de que possa ter sido feita a instalação de minas por mergulhadores ou o uso de drones explosivos., que partiriam de um submarino.
Chancelarias apontam para Moscou como o responsável, mas a Rússia argumentou que o gás vazado lhe pertence. Em outubro, o Exército russo passou a acusar o Reino Unido de envolvimento nas explosões. A Defesa britânica denunciou na sua conta oficial no Twitter “falsas alegações” russas para “desviar a atenção”.
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