Nova diretoria administrará hospital em que 80% dos pacientes são do SUS

Hospital
Foto: Marcos Maluf

Unidade realizou mais de 34 mil atendimentos de urgência e emergência apenas neste ano

A Santa Casa de Campo Grande já está com tudo pronto para a eleição do novo Conselho Diretor e Fiscal, marcada para acontecer nessa quinta-feira (10). Têm direito a voto 92 associados, dos 112 totais. O voto será impresso com início previsto para 18h com apuração às 20h. Para a presidência concorrem duas chapas, uma da atual vice-presidente da Santa Casa, a advogada Alir Terra Lima, com a Chapa Por Amor à Santa Casa. Incentivada pelo atual presidente, Heitor Rodrigues, e acompanhada do engenheiro civil Jary Castro, que almeja a vice-presidência.

A segunda é do ex-presidente Esacheu Nacimento, que volta a concorrer ao cargo depois de dois anos afastado. Incentivado por grande parte dos associados do local, o advogado aceitou o desafio para comandar novamente o hospital e assim dar continuidade aos trabalhos que iniciou em 2016, quando foi eleito pela
primeira vez.

Por ser o maior hospital de Mato Grosso do Sul, a Santa Casa presta um relevante serviço de
assistência à população do Estado, atendendo Capital e interior, além de outros estados e até países vizinhos como Paraguai e Bolívia, de onde chegam pacientes em busca de tratamento médico. Mais de 80% da capacidade operativa da Santa Casa de Campo Grande é dedicada aos usuários do Sistema Único de Saúde.

De acordo com dados da unidade, até o mês de setembro deste ano foram realizados mais de 34 mil atendimentos na emergência e urgência. Deste total, 25,8 mil adultos deram entrada no pronto-socorro, 2,7 mil crianças e 5,8 mil na maternidade. Já a média diária de atendimentos entre os meses de janeiro e setembro de 2022 foi de 127,3 pacientes.

Para o atual presidente, Heitor Rodrigues Freire, a Santa Casa é o mais importante hospital de Mato Grosso do Sul pelo conjunto de especialidades médicas existentes na unidade. “Por exemplo, se uma pessoa entra  aqui com uma fratura na perna, mas ao chegar ela teve um infarto, nós temos um médico cardiologista para atendê-lo na hora, não é atender apenas a emergência do momento que seria a perna do paciente. Nosso
hospital é completo e complexo, de alta complexidade”, explica.

Entretanto vale ressaltarque, entre os anos de 2005 e 2013, o hospital passou por uma intervenção, foi administrado pela Prefeitura de Campo Grande e pelo Governo do Estado, mas se reergueu. Foram longos oito anos de batalhas judiciais até que, em março de 2013, a administração da Santa Casa foi devolvida à ABCG (Associação Beneficente Santa Casa de Campo Grande).

Inclusive, durante a pandemia, a Santa Casa exerceu um papel fundamental, atendendo toda demanda de urgência e emergência de pacientes não COVID, chegando a atingir por diversas vezes a lotação máxima dos leitos de trauma disponíveis nesse período, quando o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul estava restrito ao atendimento de pessoas infectadas com o coronavírus.

“Toda a emergência e urgência ficou canalizada para a Santa Casa. O Regional estava restrito para a pandemia, o HU (Hospital Universitário) tem uma capacidade de atendimento muito menor. Então não
tem nada mais importante que a Santa Casa por todas suas especialidades e, historicamente, pelo trabalho que fazemos”, acrescentou o presidente.

Números

Em 2020, ano no qual começou a pandemia da COVID-19 no Brasil, a Santa Casa realizou quase 42 mil
atendimentos na urgência e emergência, ressaltando que todo atendimento a pessoa com COVID-19 era feito no Hospital Regional. Do total, mais de 29 mil foram de adultos, 3,4 mil de crianças e 9,2 de gestantes. A média diária de atendimento foi de 116,2 pacientes.

Já no ano passado o hospital recebeu no pronto-socorro mais de 42,5 mil pacientes, sendo 31 mil de atendimentos de adultos, 3,7 mil pediátricos e 7,7 mil na maternidade, com média diária de 118 pacientes. Em 2021 o mês de dezembro foi o que mais teve atendimentos na urgência e emergência, com 3,9 mil pacientes.

Por Rafaela Alves – Jornal O Estado do MS.

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