Para mobilizar e conscientizar a população sobre a importância da vacinação, principalmente contra a Poliomielite, a Prefeitura de Campo Grande mantém mais de 70 locais abertos durante a semana para a imunização, busca ativa e ações itinerantes para atingir o maior número de crianças que ainda não foram imunizadas e ampliar a cobertura vacinal.
São 73 UBS (Unidade Básica de Saúde) e USF (Unidade de Saúde da Família), abertas de segunda a sexta-feira para imunização. Aos sábados e feriados são abertas unidades de referência e realizadas ações extramuros e itinerantes em espaços de grande circulação de pessoas, como shoppings, por exemplo. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) também tem intensificado as ações de vacinação nas escolas municipais infantis, as EMEIS, com o apoio das unidades de saúde.
O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho destaca que a estratégia tem por objetivo ampliar a cobertura vacinal e proporcionar o acesso da vacina às crianças. “O Município tem buscado estratégias para facilitar o acesso e assegurar o direito da criança se vacinar. É muito importante proteger nossas crianças de doenças que podem voltar a circular”, comenta. Ele ainda diz que os pais e responsáveis precisam se conscientizar. “Nós estamos fazendo a nossa parte e é preciso que a nossa sociedade se sensibilize”.
A SES (Secretaria Estadual de Saúde) expandiu a campanha nacional de vacinação contra a poliomielite até o dia 31 de outubro para que os municípios possam fazer o registro das doses aplicadas. A cobertura vacinal entre crianças de 1 a 4 anos é de 28%. Ou seja, do público estimado em 57,4 mil crianças, apenas 16,3 mil foram vacinadas. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é que 95%.
A vacina contra poliomielite protege crianças da doença que ficou popularmente conhecida como Paralisia Infantil, e há mais de trinta anos não há novos casos registrados no Brasil. Contudo, a decisão de uma nova campanha partiu do princípio de que o vírus ainda estar circulante em alguns países e haver casos novos em locais onde não se tinha mais registro da doença, como é o caso dos Estados Unidos, que confirmou o diagnóstico em um adulto não vacinado em julho.
Em Campo Grande, no ano de 2022, foram notificados quatro casos suspeitos de paralisia flácida aguda, sendo dois casos residentes da Capital e os demais dos municípios de Ponta Porã e Três Lagoas. Todos os casos foram analisados e descartados.
Proteção
A única forma de evitar a paralisia infantil é a vacinação de todas as crianças até os 4 anos de idade. No Brasil são utilizadas duas vacinas: inativada poliomielite (VIP) e oral de poliomielite (VOP).
Consiste na administração de três doses de VIP, aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo preconizado de 60 dias entre as doses, sendo o intervalo mínimo de 30 dias.
Devem ainda ser administradas duas doses de reforço com VOP, a primeira aos 15 meses e a segunda aos 4 anos de idade e em todas as campanhas de vacinação realizadas antes da criança completar 5 anos.