Número de endividados aumenta e chega a 198 mil famílias da Capital

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Foto: Valentin Manieri/Jornal O Estado MS

Resultado de setembro ficou em 61,9%, indica pesquisa

Pelo segundo mês seguido, o índice de famílias endividadas na Capital aumentou. De acordo com a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), em setembro a alta foi de 2,2%, chegando a 61,9%. O percentual representa 198.005 mil endividados.

Em primeiro lugar como principal motivação de endividamento está o cartão de crédito (67,2%), seguido pelos carnês (20,5%), financiamento de carro (9,3%), de casa (8,1%) e por fim o crédito pessoal (8,1%).

“Apesar do aumento, percebemos que o índice dos muito endividados é de 15,6% e o de pouco endividados é de 27,7%, um número considerável. O percentual de quem ganha até dez salários-mínimos é ainda maior (63,8%), o que demonstra o impacto do endividamento e dos juros elevados no orçamento das famílias de menor renda”, afirma a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS), Regiane Dedé de Oliveira.

O levantamento destaca que, entre os entrevistados, 16,5% responderam que têm condições de pagar; 24,8% conseguem pagar parcialmente; 45,3% não conseguem pagar.

Em relação ao tempo de atraso, 14,3% estão com dívida em atraso até 30 dias; 24,1% entre 30 e 90 dias; 48,8% acima de 90 dias.

O tempo de comprometimento das dívidas chega até 3 meses para 17,2%; entre 3 e 6 meses para 12,5%; entre 6 meses e 1 ano (15,1%); por mais de 1 ano (39,3%).

A pesquisa ainda traz a porcentagem daqueles que se consideram mais ou menos endividados, com 18,6%, e ainda os que dizem não possuir dívidas (38,1%).

Conforme a pesquisa, 43,7% dos inadimplentes comprometem de 11 a 50% da renda da família com dívidas mensais, como cheque pré- -datado, cartões de crédito, fiados, carnês de lojas, empréstimo pessoal, compra de imóvel e prestação de carro e seguro. Outros 25,4% até 10% de comprometimento da renda; 15,4% das famílias, mais de 50%.

Por Evelyn Thamaris – Jornal O Estado do MS.

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