Após o PDT anunciar que apoiaria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais, Ciro Gomes divulgou um pronunciamento nesta terça-feira (4) para afirmar que seguirá a decisão do partido. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o ex-governador do Ceará não chegou a citar o petista.
Pronunciamento – “Gravo este vídeo para dizer que acompanho a decisão do meu partido, o PDT”. pic.twitter.com/Ttmx06wCWo
— Ciro Gomes 12 (@cirogomes) October 4, 2022
“Gravo esse vídeo para dizer que acompanho a decisão do meu partido, o PDT. Frente às circunstâncias, é a última saída. Lamento que a trilha democrática tenha se afunilado tanto que reste para os brasileiros duas opções, ao meu ver, insatisfatórias.”
Mais cedo, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, anunciou oficialmente o apoio do partido —a decisão foi tomada após uma reunião por videoconferência com diversas lideranças do partido, incluindo o próprio Ciro.
No pronunciamento, Ciro Gomes disse que o apoio não foi devido a um possível cargo no governo. Não pleiteio e nem aceitarei qualquer cargo num futuro governo”.
O pedetista alegou ter sido “vítima de campanha violenta” e não deixou de criticar a polarização nacional. Também afirmou não acreditar que a democracia brasileira esteja em risco. “Não acredito que a democracia esteja em risco nesse embate eleitoral. Mas sim no absoluto fracasso da nossa democracia em construir um ambiente de oportunidades, que em frente à mais massiva crise social e econômica, humilha a esmagadora maioria do nosso povo”, disse, na gravação.
Existia a expectativa para saber se o ex-governador do Ceará iria apoiar o petista dado os últimos anos de intensas críticas a Lula.
O candidato do PDT foi o quarto candidato mais votado no primeiro turno das eleições 2022, com 3.599.287 votos, equivalente a 3,04% dos votos válidos.
Lula e Jair Bolsonaro obtiveram, respectivamente, 48,43% e 43,20% dos votos válidos. Os dois irão disputar o segundo turno da eleição no dia 30 de outubro.
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