Mais uma reviravolta pode ocorrer no caso Marielly: o enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes, que foi julgado e condenado, no último dia 15 de setembro, a cinco anos e três meses de prisão por aborto e ocultação do cadáver da jovem, trocou de advogado após a condenação e entrou com um pedido de anulação do julgamento. Vale lembrar que a jovem morreu após a tentativa de aborto clandestino malsucedida feita por Jodimar, em 2011, em Sidrolândia.
A nova defesa do homem alega que as qualificações favoráveis a ele não teriam sido analisadas. A novidade em toda essa situação é que Jodimar foi atendido pelo advogado David Moura, durante o processo de julgamento, e logo após Ximenes decidiu por conta própria pedir a anulação do júri, porém houve uma divergência de pensamentos entre cliente e advogado, o que resultou na finalização dos trabalhos.
O doutor David Moura disse ao jornal O Estado que a intenção de entrar com esse recurso partiu do condenado e que ele não concordou com a situação pois sabia que seria algo que não surtiria efeito. “Ele entrou com esse pedido por outro advogado, e eu sei que é algo que não frutificará, pois não há mais nada a ser feito. Ele vai chegar até o tribunal e nada vai se resolver, eu disse isso a ele, mas ele preferiu ir adiante e eu optei por deixar o caso”, disse.
Relembre o caso
O caso veio à tona em 21 de maio de 2011, quando foi registrado o desaparecimento de Marielly. Dia em que o procedimento foi feito na casa do bairro São Bento, em Sidrolândia. A jovem teria passado mal e sofrido uma intensa hemorragia. No entanto, a polícia chegou à conclusão de que Marielly foi vítima de um aborto malsucedido.
Apenas 20 dias depois, em 11 de junho, o corpo da jovem foi encontrado em um canavial em Sidrolândia, em estágio avançado de decomposição. Além disso, por causa do estado em que os restos mortais da menina foram encontrados, a polícia alegou na época que testes de DNA não poderiam ser realizados para determinar quem era o pai da criança que ela esperava.
Os dois foram presos mesmo depois que a polícia soube que Hugleice exercia poderosa influência sobre sua esposa e sogra, era responsável pelas finanças e que obstruiria a investigação. Após sua libertação, ele e sua família se mudaram para Mato Grosso.
Por Camila Farias – Jornal O Estado do MS.
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