Radialista, graduada em direito, diretora da CDL (Câmara de Dirigentes Logistas) de Campo Grande e diretora da FM Cidade Morena, Marinalva Pereira é uma das pioneiras da rádio em Campo Grande e no Estado. A “Mulher Nota 10 da rádio sul-mato-grossense”, conta que o papel da rádio, que completou 100 anos neste domingo (25), foi fundamental na vida dela.
Há 25 anos atrás, quando ainda era professora, Marinalva foi chamada para dar uma entrevista na Rádio Educação Rural, quando foi reconhecida pelo talento, pela voz e a performance na comunicação. “Após a entrevista, fui chamada para trabalhar lá mesmo e nunca mais eu sai do rádio. Foi bastante espontâneo.”
Marinalva se considera uma das primeiras mulheres a trabalhar como locutora de rádio em Campo Grande. Segundo ela, houve preconceito, mas não muito. No início, fez reportagens de rua, entrevistas nas delegacias, prontos-socorros, entre outros. “Depois eu fui para o estúdio, onde aprendi também a ser Dj. A partir de então, eu mesma fazia o meu próprio programa, sendo a operadora da mesa.”
“Por gostar tanto de rádio, eu fui beneficiada com uma concessão e hoje eu tenho minha própria rádio comunitária online, a “Rádio FM Cidade Morena” pela frequência 106,3. Só tenho agradecer a Deus pelo meu trabalho e pelos 100 anos que a rádio completa”, comemora.
Quadro “namoro na rádio” e passagem pela Rádio Cultura
Marinalva lembra de pontos marcantes na sua carreira, como da vez que atuou pela Rádio Cultura. ” Fui noticiarista, jornalista e locutora informativa. Foi uma coisa muito boa que levou meu nome para muitos lugares. Lá, eu tinha um programa de quatro horas de duração. Esse programa era o “Namoro na rádio”.
“As pessoas queriam namorar e ligavam para mim para realizar o encontro dos casais. Na época, eu consegui realizar um casamento formal e outros, que foram foram informais. Foi bacana, nunca tive na minha vida passado por isso”, completa.
O atual locutor e jornalista esportivo da Rádio Hora, Arthur Mário, passou por um marcante período da rádio na Capital junto com Marinalva. “Foi uma época muito bacana quando eu gerenciei a Rádio Cultura, pela segunda vez trabalhando pelo Jornal Correio do Estado, de 1986 a 1990.”
“Nesta fase foi quando lançamos a Marina Pereira como repórter. Marinalva é arrojada, corajosa e uma destemida repórter de rádio. Ela era bem jovem na época e hoje ela é uma das personalidades da comunicação em Campo Grande, que teve a oportunidade de passar pela escola da “velha-guarda”, com tantos profissionais”, completa.
Arthur também cita que neste tempo foi implementado a primeira central de rádio táxi do Estado.”140 taxistas circulando a cidade de norte a sul, de leste a oeste, 24h por dia. Eram fontes que testemunhavam acontecimentos, transportavam personalidade e que, na parceria com o jornalismo da Radio Cultura, registrou uma fase muito bacana durante o período que a Rádio Cultura saia à frente da informação”
Difusora Pantanal
Depois da experiência na Rádio Cultura, foi a vez de Marinalva se aventurar pela Rádio Difusora Pantanal, uma das mais populares frequências de Campo Grande. “Na Difusora, realizei um programa de entretenimento, o “Telefone no ar”, com muita brincadeira, prêmios, etc.”
“Enfim, a brincadeira foi virou coisa séria, aprendi com vários grandes locutores, como Mauricio Picarelli, B. De Paula Filho, Jhonatan Barbosa, Nivaldo Mota e vários outros grandes nomes do rádio”, conta Marinalva.
Mulheres na Rádio
Antes de Marinalva, a Difusora Pantanal abriu suas portas para primeira radialista-locutora de Campo Grande. Japira Alves do Vale, que nasceu em 1918, falecendo em 2004, atuou na antiga rádio PRI-7 e na Rádio Difusora de Campo Grande. Acesse também: Campo Grande forma a primeira turma de Doutores de Esperanças de MS
Marinalva é uma profissional completa no qie faz. Humilde e abençoada por Deus. Merece todas as homenagens pelo que fez e faz. Simplesmente ela é 10. Parabéns! Sou seu fã!
Maravilha de Emissora Sucesso sempre!!
Muitas coisas viram ainda, sempre fazendo o bem!! Deus abençoe sempre vocês todos. Abraço