Foi divulgado que pesquisadores dos Estados Unidos criaram um sistema de laser de alta potência que pode ser descrito como o mais poderoso e rápido do país e do mundo. Intitulado como Zeus (na sigla traduzida, Sistema de Laser de Pulso Ultracurto Equivalente a Zetawatt), o equipamento será utilizado em experimentos científicos.
As principais áreas de pesquisa visadas em que o laser deve ajudar são a física quântica, espacial, médica (como tratamento de câncer no futuro) e eletrônica, além da segurança nacional. O equipamento também poderá permitir uma nova visão sobre o plasma (estado físico da matéria, similar ao gás) e partículas.
Zeus foi desenvolvido por astrofísicos e engenheiros da Universidade de Michigan, que destacam que o equipamento tem a capacidade de criar um pulso ultracurto de 25 femtosegundos, que equivale a um quadrilionésimo de segundo. Basicamente, um femtosegundo é para um segundo o que um segundo é para cerca de 31,71 milhões de anos.
“Zeus será o laser de maior potência de pico nos EUA e um dos sistemas de laser mais poderosos do mundo”, afirma Karl Krushelnick, astrofísico e diretor do Centro de Ciência Óptica Ultrarrápida da Universidade de Michigan.
Karl também acrescenta que o laser estará a disposição de pesquisadores do mundo inteiro. “Estamos ansiosos para aumentar a comunidade de pesquisa e trazer pessoas com novas ideias para experimentos e aplicações”.
No primeiro momento, a potência total do equipamento não será utilizada. O laser usará 30 terawatts (30 trilhões de watts) de energia (1% do que ele é capaz), por exemplo, para estudar um tipo de imagem de raio-x.
O primeiro pesquisador que poderá usar Zeus será Franklin Dollar, professor de física e astronomia da Universidade da Califórnia. Ele e a sua equipe irão investigar como fazer e usar novos tipos de fontes de raios-X para que não seja mais necessário emitir altas doses de radiação.
“Eles usarão o Zeus para enviar pulsos de laser infravermelho para um alvo de gás de hélio, transformando-o em plasma. Esse plasma acelera os elétrons para altas energias, e esses feixes de elétrons então se movem para produzir pulsos de raios-X muito compactos”, resume a Universidade de Michigan em nota divulgada.
É esperado que em até 2023, o laser tenha sido utilizado para ajudar em experimentos mais complexos e de grande escala, como por exemplo, em fenômenos da física quântica, segurança de dados, diagnóstico médico e detecção de armas nucleares.
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