Semana Farroupilha: Solidariedade marca a tradicional festa gaúcha na Capital

Semana Farroupilha
Imagem: Reprodução/Assessoria Cotolengo

Por Méri Oliveira – Jornal O Estado do MS

Estamos na Semana Farroupilha e, em Campo Grande, dois grandes eventos fazem alusão às tradições gaúchas e, de quebra, um deles ainda ajuda a quem precisa: a Semana Farroupilha Solidária, do Cotolengo Sul-Mato-Grossense, que começa nesta terça-feira (13) e vai até domingo (18), e a Semana Farroupilha do CTG Tropeiros da Querência, de quarta-feira (14) até a terça-feira (20).

De acordo com o diretor-presidente do Cotolengo, padre Valdeci Marcolino, esta será a primeira edição do Costelão da Semana Farroupilha Solidária pós-pandemia e visa ajudar na manutenção da entidade. “É um evento para lembrar um pouco as tradições gaúchas aqui no nosso Estado, de maneira especial aqui em Campo Grande, e a expectativa é de que mais ou menos a gente venda em torno de 800, 850 convites. O objetivo desse evento é pagar 13º, férias que estão se aproximando. Hoje o Cotolengo gasta quase R$ 300 mil só em folha de pagamentos, daí a necessidade desses eventos.”

De acordo com o padre, há uma programação extensa de pratos diferenciados típicos da região do Rio Grande do Sul, no entanto o carro-chefe é o já tradicional costelão fogo de chão, que acontece no fechamento da semana, dia 18, ao valor de R$ 40. Em outras datas também haverá massas, sobremesas e vinhos. “Cada dia da semana teremos um cardápio e uma atração diferente. Nesse primeiro dia teremos uma deliciosa macarronada ao molho vermelho de frango”, explicou.

De acordo com ele, os convites para as outras datas estão à venda no valor de R$ 15 na sede da entidade ou pelo telefone (67) 3358-4848. A sede do Cotolengo Sul-Mato-Grossense, em Campo Grande, fica na Rua Jamil Basmage, 996, bairro Mata do Jacinto. “Essa é uma ótima oportunidade para voltarmos a nos socializar e também para colaborar com essa causa tão nobre que é a causa voltada para crianças com paralisia cerebral grave.”

Atualmente a entidade atende mais de 400 crianças com paralisia cerebral grave, além dos moradores da residência inclusiva e de outros assistentes que recebem o benefício de serem atendidos em casa. O padre salienta que, como os atendimentos são todos gratuitos, eventos como esse são necessários para que haja adesão das pessoas, de forma que possam manter toda a assistência com a ajuda.

Cotolengo

O Cotolengo Sul-Mato-Grossense foi fundado há 26 anos, em Campo Grande, diante da necessidade de se atender a pessoas com deficiência com o melhor atendimento possível. Atualmente, são 430 pessoas com vários tipos de deficiência atendidas por profissionais como médicos, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogas, terapeutas ocupacionais, entre outras especialidades, sendo que todos os atendimentos são gratuitos.

O Cotolengo mantém, atualmente, três projetos ativos: A Casa Inclusiva, que tem o apoio do Governo do Estado, e é uma residência onde vivem 10 pessoas, entre homens e mulheres com deficiência; um espaço para 40 crianças que são atendidas durante o dia, como se fosse uma creche; e o CER (Centro Especializado de Reabilitação), onde são atendidas pessoas que passam pelo SUS e são encaminhadas pelo sistema de regulação, para que elas recebam atendimentos clínicos, quer seja de forma física ou psicológica e intelectual.

Doações

Caso alguém queira fazer doações, independentemente dos eventos do Cotolengo, a instituição aceita donativos diversos. “Quem quiser nos ajudar pode também fazer de duas maneiras: vir até o Cotolengo, na Jamil Basmage, 996, Mata do Jacinto, trazer sua doação, que pode ser em alimentos, móveis, roupas, que a gente passa para os nossos atendidos, ou vendemos no nosso bazar para arrecadar fundos para a manutenção da instituição. Ou a pessoa também pode ligar no 3358-4848, e ajudar o Cotolengo de várias maneiras, para manter todos os projetos que temos e o atendimento às 430 pessoas, que somam aproximadamente três mil atendimentos mensais.”

Padre Valdeci explica que o número de atendimentos é alto porque cada pessoa assistida pela entidade é atendida por uma equipe multidisciplinar, que envolve médicos – de várias especialidades –, além de fisioterapeutas, fonos, “tudo isso de forma gratuita e só pode continuar existindo porque a comunidade auxilia o Cotolengo, bem como, alguns convênios com Estado e municípios”, pontua o sacerdote.

Mais informações sobre o Cotolengo e sobre a programação completa do evento podem ser encontradas no Instagram: @cotolengoms e no Facebook: https://www.facebook.com/cotolengosulmatogrossense.

Tradição

De acordo com o atual patrão do CTG (Centro de Tradições Gaúchas) Tropeiros da Querência, Dalton Camargo, a entidade também tem programação extensa para a Semana Farroupilha. “Na Semana Farroupilha rememoramos ou comemoramos as lutas do gaúcho em busca de liberdade, igualdade e humanidade, liderado pelo militar Bento Gonçalves da Silva, que deu início a uma revolução que durou quase dez anos, de 20 de setembro de 1835 a 1º de março de 1845.”

Com solenidades, almoços, jantares e bailes, a festa acontece entre os dias 14 e 20 de setembro, na sede do CTG. “Nossas expectativas para as festividades da semana farroupilha são muito boas, normalmente é data de reencontro com tradicionalistas que têm o costume de tomar um chimarrão e comparecer aos CTGs nesta época. Bem como esperamos que todos visitem o nosso CTG e compartilhem conosco destas festividades.”

Mais informações podem ser obtidas por meio dos telefones: (67) 99281-6916 (WhatsApp) e (67) 3022- 1810. A programação completa pode ser encontrada nas redes sociais do CTG: @ctgtropeirosdaquerencia no Instagram e www.facebook.com/ctgtropeirosdaquerencia.

História

Fundado em 23 de setembro de 1993, o Centro de Tradições Gaúchas Tropeiros da Querência, hoje situado na Rua Miguel Sutil, 445, na Vila Vilas Boas, Campo Grande-MS, nasceu com a proposta de todo CTG, que é cultuar as tradições do povo gaúcho. “Porém, acrescentamos em nossa missão fazer uma integração de cultura com o nosso Estado de MS, bem como todas as culturas brasileiras que aqui queiram se expressar, inclusive, culturas de outros países. Devemos intercambiar nossos traços culturais”, explica o atual patrão do CTG.

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