Por Brenda Leitte – Por Jornal O Estado MS
Uma das principais concentrações de lojistas de Campo Grande, o Camelódromo tem acatado a determinação da proibição da venda de cigarros eletrônicos. Apesar de proibida a comercialização, importação e propaganda do produto, desde 2009, os cigarros eletrônicos vinham sendo vendidos na Capital.
Em junho deste ano, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) manteve a proibição e, recentemente, coibiu empresas que comercializam o produto a pararem com as vendas em até 48 horas sob pena de multa de R$ 5 mil por dia.
A medida da Secretaria Nacional do Consumidor, que é vinculada ao ministério, foi publicada no Diário Oficial na última quinta-feira (1º). Em Campo Grande, a comercialização vinha acontecendo, desde tabacarias a casas de festas que vendem produtos relacionados.
Em pesquisa pelo centro da Capital, após a última determinação, não foi possível encontrar os cigarros eletrônicos sendo vendidos para o público. Diante da fiscalização severa, o Camelódromo da Capital tem acatado as medidas, garantiu uma lojista.
“A polícia vem todo dia conferir, estão em cima mesmo. Aqui não se encontra mais os cigarros eletrônicos, mas em algumas tabacarias, conversando com vendedores conhecidos, vendas ainda ocorrem, sim”, relatou a vendedora de um dos boxes do Camelódromo.
De acordo com a secretaria, a venda de cigarros eletrônicos é “proibida pela legislação sanitária e não atende às certificações dos órgãos competentes de segurança para serem comercializados”. Com isso, a ordem foi dada a empresas que vão desde tabacarias a grandes sites de compra e venda na internet.
A Anvisa ainda afirmou que o relatório técnico aprovado indica a necessidade de se manter a proibição dos dispositivos eletrônicos para fumar, o que inclui todos os tipos de cigarros eletrônicos, e a adoção de medidas adicionais para coibir o comércio irregular desses produtos, tais como o aumento das ações de fiscalização e a realização de campanhas educativas.
Na internet, esses dispositivos ainda são facilmente encontrados em sites e lojas on-line. Na última semana, o Ministério da Justiça determinou que 33 empresas suspendam a venda desses itens. Malefícios à saúde Assim como o cigarro convencional, o cigarro eletrônico faz mal à saúde, principalmente em razão da liberação de nicotina.
Essa substância, também presente nos cigarros tradicionais, possui um maior poder de vício, ou seja, ao ser inalada provoca uma dependência assim como outros tipos de droga. A proibição pela Anvisa deve-se ao fato de o órgão não ter dados científicos que comprovem a eficácia e segurança da utilização do cigarro eletrônico pela população. Além de fatores como o vício que a substância pode provocar