Mato Grosso do Sul registrou 14 novas infecções por Monkeypox (varíola dos macacos) e contabiliza 33 casos positivos em todo Estado, o que representa um aumento de 73,7% em comparação aos dados divulgados na última segunda-feira (29), quando foram confirmados 19 infecções. Os números são do boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), divulgados nesta sexta-feira (2).
Campo Grande lidera a incidência de casos com 21 confirmações e 54 casos suspeitos, na sequência aparece Dourados (5), Aquidauana (2), Itaquiraí (1), Aparecida do Taboado (1), Costa Rica (1), Ponta Porã (1) e Três Lagoas (1). Outros 76 casos suspeitos seguem em investigação.
Dentre os casos confirmados 91,9% foram registrados em pessoas do sexo masculino e 8,1% em pessoas do sexo feminino. Entre os principais sintomas apresentados pelos pacientes 91,9% tiveram feridas na pele, 56,8% febre súbita, 54,1% aumento dos linfonodos do pescoço (adenomegalia), 45,9% dor de cabeça (cefaleia) e 40,5% relataram dor muscular.
Transmissão
A varíola dos macacos é transmitida pelo contato com a pessoa infectada, o vírus pode entrar no corpo pelo sistema respiratório, olhos, nariz, boca ou por lesões na pele. Apesar disso, a doença não se espalha facilmente.
Sintomas
Os sintomas se manifestam entre 5 e 21 dias e incluem febre alta e de início súbito, dor de cabeça e garganta, erupções cutâneas que começam no rosto e se espalham pelo corpo podendo deixar cicatrizes visíveis na pele dos pacientes e inchaço dos gânglios nas regiões cervical, axilar e pélvica.
A coceira persistente e dolorida é outro sintoma e passa por diferentes estágios, podendo parecer catapora ou sífilis, até formar uma crosta.
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) esclarece que assim que os sintomas são identificados, o paciente suspeito entra em isolamento total, podendo ser domiciliar, e só recebe alta após a cicatrização total de todas as feridas. O procedimento foi aplicado em todos os casos confirmados em Campo Grande.
Prevenção
Para prevenir o contágio, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomenda o uso de máscaras, distanciamento social, higienização das mãos, e evitar o compartilhamento de itens pessoais, como lençóis, talheres, toalhas e roupas, medidas que também auxiliam na proteção contra a Covid-19.
Apesar de não ser considerada uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível), a OMS (Organização Mundial da Saúde) fez um alerta para que homens que se relacionam sexualmente com outros homens reduzam o número de parceiros. A medida foi aconselhada após ser identificado que grande parte dos casos notificados de varíola dos macacos são de homens gays ou bissexuais.
Mudança de nome
Em parceria com especialistas, a OMS (Organização Mundial da Saúde) avalia mudar o nome da varíola dos macacos. A medida é analisada após mais de 30 cientistas se manifestarem sobre a necessidade urgente de adotar um nome que não seja discriminatório ou estigmatizante. Além disso, a associação da doença aos macacos colocam em risco a vida desses animais, que apesar do nome não são transmissores da varíola.
Acesse também as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram.
Leia também:
Macacos não são “vilões” da varíola e SES descarta motivo para pânico