29 de agosto: hoje é o Dia Nacional de Combate ao Fumo

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Imagem: Reprodução/Divulgação

Por Claudemir Candido – Jornal O Estado MS

Uma estimativa feita pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer) indicou que o Brasil tem cerca de 20 milhões de fumantes ativos, número que corresponde a quase 10% da população do país.

E com o objetivo de conscientizar e influenciar que mais pessoas deixem o vício, nesta segunda-feira, dia 29 de agosto, é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Criado em 1986, pela Lei nº 7488, a data reforça as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco.

Segundo o Inca, o tabagismo mata mais de 8 milhões de pessoas no mundo a cada ano. Desse total, os fumantes passivos somam pouco mais de um milhão. No Brasil, a dependência do tabaco mata 157 mil pessoas e custa cerca de R$ 57 bilhões anualmente.

A Organização Mundial da Saúde classifica o tabagismo como doença na Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. O secretário da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), José Mauro Filho, contou sobre o programa de antitabagismo presente nas unidades de saúde da Capital.

“O cigarro ele continua sendo um grande problema, ele é potencializador de diversas doenças cardiovasculares, pulmonares, neurológicas e percebemos que muitas doenças se agravam com o uso do tabaco. Hoje no Brasil com a introdução dos cigarros eletrônicos, tem tido um alto retomo do público, principalmente jovem, achando que esse tipo de cigarro não faz mal, então é importante o alerta nacional na campanha de antitabagismo”, finalizou o secretário.

Recentemente a venda ilegal dos cigarros eletrônicos voltou à tona, conforme mostrou a equipe de O Estado, mesmo sem a autorização, os equipamentos seguiam sendo comercializados livremente nas redes sociais e em lojas da Capital.

Em nota, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) confirmou a proibição. “Desde 2009 a Anvisa mantém as proibições do uso do cigarro eletrônico, estabelecido pela normativa RDC n° 46/2009, que proíbe a comercialização, importação e propaganda de cigarros eletrônicos. Estudos científicos demonstram que o uso de dispositivos eletrônicos está relacionado com o aumento do risco de jovens ao tabagismo, levando a dependência e diversos danos a saúde cardiovascular, pulmonar e neurológica”, destacou.

Riscos para a saúde

O pneumologista Henrique Ferreira de Brito pontuou que o tabagismo é uma das grandes epidemias mundiais, e as doenças ligadas ao cigarro e ao tabagismo têm um impacto muito grande na sociedade.

“O tabaco e cigarro são uma das principais causas de mortes preveníveis no mundo. Então o impacto é muito grande, temos uma estatística de 200 mil mortes por ano ligadas ao cigarro, e ele está listado como um fator de risco de 6 entre as 8 principais causas de mortes. O cigarro eletrônico é tão nocivo, quanto o cigarro tradicional. A maneira de deixar o vício é reconhecer o problema, a dependência e depois, buscar ajuda para parar de fumar e estar motivado para isso”, recomendou o especialista.

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