A passagem de um ciclone extratropical por Santa Catarina causou deslizamentos, alagamentos e fortes rajadas de vento desde a madrugada desta quarta-feira (10) no estado. A situação é mais grave no litoral, com ventos que chegam a 100 km/h, segundo boletim da Defesa Civil.
Em Florianópolis, há diferentes pontos de alagamentos em toda a ilha. No sul, a rodovia SC-405 ficou intransitável e precisou ser interditada nos dois sentidos. O trânsito também foi afetado por quedas de árvore e deslizamentos.
A Defesa Civil do estado alerta que na região do litoral norte até a Grande Florianópolis, além de partes do Médio Vale do Itajaí e do Planalto Norte, as chuvas devem seguir durante toda esta quarta, com risco muito alto para deslizamentos, enxurradas e alagamentos- o último boletim da entidade aponta um acumulado de 185 mm nas últimas 24 horas na capital.
O volume deve ficar entre 100 mm e 250 mm, podendo ultrapassar este valor em alguns pontos. Já para sul do estado, o alerta é moderado, com acumulados de 40 mm a 100 mm.
Ainda assim, em Criciúma (no sul), 30 famílias precisaram deixar suas casas por risco de alagamento ou na infraestrutura, segundo a Defesa Civil local. O diretor da entidade, Fred Gomes, afirma que o órgão está prestando atendimento por toda a cidade. Há relatos ainda de deslizamentos em Timbó, na região norte, e em Lages, na serra.
Ciclone de 6 metros
O ciclone tem causado também uma forte ressaca no litoral catarinense, com ondas que podem chegar a 6 metros de altura. A intensa movimentação marítima deixou o clube flutuante Dejour, em Balneário Camboriú, à deriva.
Primeira balada do tipo em Santa Catarina, a plataforma com capacidade para 700 pessoas havia sido inaugurada recentemente. Não há relato de feridos, e barcos de resgate foram deslocados para recuperar a estrutura, segundo a mídia local.
Ciclone deixa primeiro clube flutuante de SC à deriva em Balneário Camboriú.
A estrutura do Dejour Club, o primeiro club flutuante de Santa Catarina, está à deriva na Praia Central de Balmeário Camboriú.
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— Metrópoles (@Metropoles) August 10, 2022
Outro transtorno enfrentado pelos catarinenses devido às fortes chuvas e ventos tem sido a queda de energia. Em Coqueiros, na parte continental da capital, uma placa comercial tombou e afetou o fornecimento. No início da tarde desta quarta o monitoramento da Celesc, responsável pela distribuição, apontava que 5% das unidades consumidoras de Florianópolis estavam sem energia.
Imagens que circulam na internet mostram ainda o impacto dos fortes ventos. Em Porto Belo, uma placa caiu sobre uma rua. Em Itapema, as rajadas chegaram a arrastar um andaime de um prédio em construção.
As chuvas têm atingido o litoral do estado desde o domingo (7), mas a intensidade aumentou nesta madrugada. Segundo a Defesa Civil estadual, a situação deve permanecer durante todo o dia, mas a partir desta quinta (11) já há previsão de melhora -o Inmet aponta ventos moderados a fracos e as precipitações devem diminuir. Acesse também: Frio divide espaço com o sol e vai embora aos poucos em MS
Com informações da Folhapress, por PATRICIA PAMPLONA
IMAGEM | Ciclone gera maior vorticidade na atmosfera que pode causar trombas d’água na costa e redemoinhos de vento. Vídeo via @plantao190 gravado em Guaratuba, no litoral do Paraná. pic.twitter.com/cDrEDBxX9d
— MetSul.com (@metsul) August 10, 2022