Tumulto, ameaça e votação marcam retorno parlamentar

Divulgação/camara.ms.gov.br/
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O primeiro dia do retorno parlamentar na Capital, realizado na manhã desta terça-feira (2), foi bem intenso diante bate-boca, ameaças e finalizado com ordem e votação.

E o clima tenso aconteceu após o tema trazido pelo vereador Tabosa (PDT), sobre os andamentos da investigação contra o ex-prefeito Marquinhos Trad, suspeito de assediar sexualmente mulheres dentro do paço municipal da Capital. O vereador trouxe sobre o PROINC que está sob suspeita de estar “abrigando”, funcionárias fantasmas admitidas em troca de favor e desta forma diversos vereadores fizeram o uso da palavra.

O vereador de oposição ao ex-prefeito exclamou que será sempre contra Marquinhos e que não teme que sua vida pessoal seja exposta, logo afirmou não ser santo. “O ex-prefeito é um pervertido sexual, usou a prefeitura para fazer relação em seu gabinete, se eu tiver telhado de vidro pode vir para cima de mim, ele não é a vítima, as vítimas são as mulheres que ele usou no gabinete dele. Vou seguir contra ele.” destacou Tabosa (PDT).

O vereador Beto Avelar (PSD), do mesmo partido de Marquinhos Trad saiu na defesa do ex-prefeito. “O senhor acusa,  mas você gostaria que te acusasse? vc tem que respeitar a família do próximo, peço respeito. Você já definiu o lado do senhor e tem outros colegas que usam o termo patifaria, falamos falar de um vídeo que corre por aí, isto é desrespeito as mulheres”, salientou o vereador Beto Avelar.

Foi neste momento que a briga se armou e os dois vereadores do mesmo partido, mas de lado opostos da discussão quase se pegaram fisicamente durante a sessão. O Vereador Tiago Vargas (PSD), se sentiu ofendido com a fala do colega Avelar e se defendeu logo em seguida chamando o Beto Avelar para a briga.

“É um absurdo usar o PROINC . Tinha sim um vídeo meu quando eu tinha 15 anos de idade, e se o recado foi para mim ou para alguém ,vem quente que estou fervendo. Tenha coragem de falar o meu nome”,  se defendeu Thiago Vargas (PSD) que acabou sendo contido pelo vereador Tabosa e pelo presidente da Casa, Carlão que ameaçou parar a sessão.

A única vereadora da Casa de leis durante a discussão pediu que o assunto seja respeitado como um possível crime e não política. “Tudo o que peça é atenção e que parem de politizar um suposto  crime que precisa ser investigado. É a situação das mulheres que estão ficando com marcas. Nós estamos falando da violência contra as mulheres e o uso da máquina pública para favorecimento sexual. Crimes que precisa ser tratados pela polícia e a justiça e parem de quererem desqualificar”, disse Camila Jara.

O presidente da Câmara também pediu que foquem outros temas. “Nós vereadores devemos colocar este tema como importante, mas não é só este problema que o povo precisa de nós. Vamos usar outros temas importantes e quem errou que pague pelo seus erros. Eu encerro a sessão se for fazer politicagem, devemos ajudar a prefeita e o governador com temas da cidade”, concluiu Carlão.

Mas no fim a sessão terminou em paz e com a votação do dia em ordem, concluindo com a derrubada do veto do executivo em um projeto que até já está sendo praticado na cidade de vôlei.

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