A Delegada titular da DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Elaine Cristina Ishiki Benicasa, relatou nesta segunda-feira (18), as últimas atualizações sobre o caso deste final de semana, de uma mulher que alega ter sido estuprada após participar de uma confraternização com amigos na região do bairro Mata do Jacinto, norte de Campo Grande.
Segundo a delegada, a suposta vítima será intimada novamente para dar mais detalhes de situações que não ficaram muito claras. “As investigações irão continuar, pois a vítima cita possíveis suspeitos, inclusive que ela já os conhecia. Em breve teremos maiores detalhes.”
Durante a entrevista, a delegada reservou dicas importantes para mulheres que frequentam festas com pessoas desconhecidas. “Muitas vezes, mesmo os ‘amigos’ que participam da festa, com outras intenções acabam colocando substâncias entorpecentes no interior do copo que levam a vítima a desmaiar, o famoso ‘boa noite cinderela’.
“Preste atenção sempre, perceba as pessoas que estão no ambiente e as conheça. Se for sair do local, saia acompanhada, comunique alguém para onde você vai. Na maioria das vezes, quase que 100% dos casos, as vítimas comparecem extremamente embriagas. Fizeram uso do álcool e muitas vezes de drogas, então a principal dica vai nesse sentido”, orienta Elaine.
Cantadas e olhares pelo retrovisor
Cantadas exageradas, motorista que passa a mão nas partes íntimas das vítimas, ou parar no semáforo para masturbar. São diversas histórias que são frequentes na delegacia em relação às corridas de aplicativo na Capital, conta a delegada. “Sempre devemos ficar atentas, evitar maiores conversas com suspeitos e perceber olhares pelo retrovisor.”
A Polícia Civil atende muitos registros de autores motoristas de aplicativos, dos mais diversos tipos. Essas situações chegam até a delegacia constantemente “sempre estamos repetindo para que as mulheres fiquem atentas no momento que há a solicitação do veículo.”
“Olhe a placa do veículo e a avaliação dos serviços, tente compartilha a viagem com algum parente ou conhecido, isso ajuda e evita muitas vezes que autores tenham ações visando o abuso sexual”, alerta.
Com informações dos repórteres willian Leite e Marcos Maluf