Com a chegada do inverno no dia 21 de junho, as doenças típicas da estação mais fria do ano dão as caras. A atenção para este período é para o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que afeta principalmente as crianças. Apenas neste ano foram registrados 78 casos, de acordo com a Santa Casa de Campo Grande. Portanto o hospital faz um alerta para evitar os casos mais graves por meio da prevenção e do diagnóstico.
Segundo a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), o VSR é responsável por até 75% das bronquiolites (inflamação dos bronquíolos em crianças pequenas e bebês) e 40% das pneumonias no país. E como as crianças possuem um sistema imunológico ainda em formação, a preocupação deve ser maior, já que ainda não existe vacina contra a doença, mas apenas um medicamento indicado para bebês prematuros extremos, casos em que a infecção costuma ser mais grave.
A pediatra e coordenadora médica do Serviço de Pediatria, Paola Stella ressalta que a maior incidência é em crianças. “Bem como a maior gravidade, principalmente em menores de um ano. O vírus acomete tanto as vias respiratórias superiores e inferiores, agravando o quadro, principalmente em prematuros, cardiopatas ou pacientes com fibrose cística”.
Ainda segundo Paola, o período de maior contágio é nos primeiros dias da infecção. “O vírus respiratório é transmitido de uma criança infectada pelas secreções do nariz ou da boca, por contato direto ou gotículas. O período de incubação de VSR varia de dois a oito dias. Epidemias anuais ocorrem durante o inverno e início da primavera”, complementou.
Prevenção e tratamento
Assim como a COVID-19, o VSR é muito contagioso e pode ser transmitido pelo toque, por objetos contaminados e, principalmente, pelo ar. A prevenção, como outras infecções virais, pode ser feita evitando ambientes fechados e aglomerações de pessoas, além de lavar bem as mãos com sabão e, claro, utilizando máscaras e usando álcool 70%.
“Familiares e profissionais de saúde devem ser orientados sobre a importância da profilaxia durante a sazonalidade, além da importância da higienização das mãos e de se evitar ambientes fechados. Os bebês também não devem ser expostos a pessoas com quadros respiratórios e ao tabaco. O incentivo ao aleitamento materno deve ser reforçado”, ressaltou a médica Paola Stella de Oliveira. Ela ainda destaca que se a criança apresente tosse, febre, coriza ou cansaço para respirar, é importante procurar um pediatra para avaliação e tratamento adequado.