Estado Play: Coordenadora do Dieese detalha impacto do IPCA no bolso do trabalhador

Inflação ultrapassa salário mínimo e cesta básica fica cada vez mais inacessível
Crédito: Adilson Santério

Mesmo com os reajustes simbólicos, inflação já acumula alta de 6,34 % ao ano, e de 11,26 % nos últimos 12 meses na Capital

Diante do atual cenário econômico no Brasil, no qual o crescimento acentuado da inflação ultrapassou o salário mínimo cotado em R$1.100, a cesta básica tem se tornado cada vez mais inacessível à população. Uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que em Campo Grande, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), alcançou 0,89%, e é considerada a terceira maior taxa do país, acima da inflação nacional de 0,87 %.

Mesmo com os reajustes simbólicos, a inflação já acumula alta de 6,34 % ao ano, e de 11,26 % nos últimos 12 meses na capital sul-mato-grossense, causando impacto significativo na hora da compra. Para a coordenadora do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socieconômicos), Andreia Ferreira, alguns alimentos e até mesmo frutas se tornaram proibitivos para a grande parcela da população.

Durante entrevista ao Estado Play, com o radialista João Flores, Andreia destacou que os indicadores de inflação são uma radiografia de como os preços estão no momento. “Se falarmos só dos alimentos para o mês de agosto, os dados do IBGE aqui na capital chegaram a 25,78%. Você olha e pensa ‘é uma taxa tão pequena’, mas cada vez que vou ao mercado, eu deixo parte do meu salário e volto com menos produtos” disse. “Os números mostram que a vida está ficando mais cara”, concluiu.

Segundo a coordenadora, cada vez que observamos o indicador da inflação que registra a variação do preço da economia, que está mais positivo, é possível perceber que além dos preços estarem em elevação, o salário esta perdendo o poder de compra.

Última pesquisa nacional divulgada pelo Dieese, no dia 8 de setembro, mostra que no atual cenário do país, para uma família composta de dois adultos e duas crianças se manter, o salário mínimo necessário teria que ser de R$ 5.583,90, cinco vezes maior do que é pago atualmente.

 

(Com João Vitor Fernandes)

Confira a entrevista completa no canal do Estado Play

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