Médico alerta que uso de remédios varia para cada paciente

Prefeitura comprou 1,2 milhão de comprimidos dos 5 medicamentos que serão usados no protocolo

A Prefeitura de Campo Grande realizou a compra de medicamentos para implantar o protocolo de tratamento precoce e profilaxia em casos de COVID-19. O despacho da aquisição foi publicado em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), na sexta-feira (10), e, conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), as empresas contratadas têm até 60 dias para entregar os lotes, mas o prefeito Marquinhos Trad, em transmissão on-line de ontem (13), afirmou que virão em dez dias.

A partir da chegada, o município deve pôr em prática o tratamento precoce e adoção de cloroquina e outros medicamentos para casos confirmados. Mas a prescrição médica será fundamental já que para cada caso é ministrado um medicamento ou até mais.

De acordo com o médico Sandro Benites, que faz parte do grupo que sugeriu o protocolo para o município, o tratamento necessita da avaliação médica já que cinco medicamentos são apontados para a COVID-19, que são utilizados em estágios diferentes. Sendo assim, em alguns casos, será necessário apenas um medicamento de prevenção ao passo que, para outros, o mesmo remédio pode ser associado a outro.

“Por exemplo, se for só prevenção, a gente pode usar só a ivermectina. Se for prevenção para profissionais da área da saúde, é bom associar ivermectina com sulfato de zinco. Já os profissionais da área da saúde que estão na linha de frente, terão que usar ivermectina, sulfato de zinco e a hidroxicloroquina”, exemplificou. “É diferente porque a carga viral é maior”, afirmou. A mesma avaliação dos remédios precisa ser feita quando já existe a suspeita de COVID, e quais utilizar conforme os sintomas.

Segundo a publicação, os remédios serão fornecidos por Nunesfarma Distribuidora de Produtos Farmacêuticos Ltda., Farma Cinco Ltda. e Medicinalis Farmacêutica Ltda., totalizando o valor da compra em R$ 863.530. A pasta municipal de Saúde, por meio da assessoria de comunicação, informou que serão cinco medicamentos e um total de 1,2 milhão de comprimidos.

São eles: 100 mil comprimidos de azitromicina, 240 mil de sulfato de zinco, 120 mil de hidroxicloroquina, 180 mil de ivermectina e 20 mil de colecalciferol. Em suas redes sociais, Marquinhos Trad falou sobre a compra. “Nós fizemos o chamamento, as compras, assinamos na sexta-feira e os laboratórios terão dez dias úteis para entregar os medicamentos”, afirmou.

O prefeito também destacou que os remédios só serão fornecidos para quem passar por consulta. “Nós não podemos dar nenhum tipo de remédio sem prescrição médica. O que nós estamos fazendo é disponibilizar nas farmácias dos postos de saúde o composto do kit prevenção, para que, após o paciente passar por avaliação médica e o médico prescrever o kit prevenção, aí, sim, a gente tem a responsabilidade de entregar”, destacou.

Na avaliação do médico que sugeriu o protocolo, o quantitativo de mais de 1 milhão de remédios deve suprir a demanda da Capital. “A gente pediu [uma quantidade] de 15% a 20% da população e, por ter cidades satélites, arredondamos para 1 milhão”, pontuou Benites.

Já sobre qual a orientação que será dada aos médicos sobre o protocolo de tratamento precoce e profilaxia, a assessoria da Sesau revelou que será feita uma nota técnica referendando a utilização com base no que diz o CRM-MS (Conselho Regional de Medicina do Estado de Mato Grosso do Sul), órgão favorável ao protocolo, desde que o profissional tenha autonomia para avaliar o mais apropriado.

Confira a reportagem completa no caderno de cidades da edição desta terça-feira (14) do Jornal O Estado MS.

(Texto: Rafaela Alves com Raiane Carneiro/Publicado por João Fernandes)

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