“Se tiver de apertar, faremos isso”, afirma Marquinhos sobre medidas

Mesmo com toque de recolher às 20h, flagrantes de pessoas na rua e em festas são cada vez mais comuns

É cada vez maior o número de pessoas nas ruas, descumprindo o toque de recolher em Campo Grande. O município, atualmente lidera o número de casos registrados em Mato Grosso do Sul, com mais de 4 mil. Enquanto nos últimos três dias foram identificados 288 novos contaminados, que dão início a quarentena, em contraponto foram 679 abordados nas ruas ignorando o toque de recolher, uma das medidas que tentam frear a disseminação do novo coronavírus.

De acordo com o prefeito Marquinhos Trad, em breve a Capital pode instaurar medidas mais enérgicas, para conter o contágio do novo coronavírus. “Campo Grande nunca flexibilizou sem regramento, nós exigimos planos de biossegurança e exigimos medidas de regramento. A Capital está tomando todas as decisões técnicas possíveis e se tiver que apertar, faremos isso o mais rápido possível”, ressaltou em entrevista concedida à TV Morena, ontem (13).

O cenário de desrespeito com o toque de recolher e o isolamento social teve início após a falsa sensação de calmaria em que o município se encontrava durante o mês de maio. Enquanto outras federações do país estavam com o sistema de saúde em colapso por conta do alto índice de contaminação pelo vírus, Mato Grosso do Sul entrava em uma nova onda de casos e Campo Grande marcava 293 confirmados no fim de maio. Pouco mais de um mês e meio depois, a realidade encontrada é diferente. Apenas no município são 4.640 casos confirmados, ao passo que MS passa dos 13,4 mil. O total de casos registrados nos últimos 43 dias, que correspondem ao período de junho e julho, representa 94% do apontado na Capital.

Mesmo que o município esteja enfrentando o pico da doença, a população continua ignorando o fator de risco. Flagrantes de festa são cada vez mais frequentes no balanço produzido pela Guarda Civil Metropolitana, que, no último fim de semana, interrompeu duas no bairro Chácara dos Poderes.Em razão do grande fluxo de pessoas que insistem em descumprir as orientações, o prefeito destacou que, apesar das medidas e dos decretos instaurados, a população decidiu ignorar, o que acaba levando à impunidade.

“Essa é uma questão de livre-arbítrio, não adianta deter as pessoas, pois não haveria nem locais suficientes para colocá-las”, afirmou. Além disso, outro ponto que contribui para o desacato está nos estabelecimentos que insistem em manter as portas abertas. “Foram 294 estabelecimentos autuados apenas na noite de domingo (12), e a prefeitura tem tentado fazer a sua parte fechando esses estabelecimentos, mas é preciso ajuda da população”, frisou durante entrevista.

Confira a reportagem completa no caderno de cidades da edição desta terça-feira (14) do Jornal O Estado MS.

(Texto: Amanda Amorim/Publicado por João Fernandes)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *