Depressão também pode acometer animais de estimação

A depressão é um mal que não afeta só seres humanos, os animais, principalmente cães e gatos também podem sofrer com a doença. São vários os fatores que levam os bichinhos a terem o problema psicológico. De acordo com a médica veterinária, Kamylla Fernanda Ignácio, traumas, abandono, chegada de um novo membro, mudança de ambiente e solidão são algumas das causas da doença nos bichinhos.

“Uma das principais causas é se o animal se sente abandonado, não recebendo a atenção necessária e ficando muito tempo sozinho em casa. Outro fator é a morte de alguém próximo do animal, ou a separação de um ente próximo do pet, seja o seu dono ou outro animal companheiro dele. A privação de espaço também é algo que pode desencadear a depressão, privar o animal em um espaço no qual ele não vai poder brincar ou se movimentar. A chegada de um novo membro na família é outro exemplo, seja outro animal, até mesmo uma criança, gerando um estresse causado pela nova convivência. Não ter algo para se entreter também é fator de risco para desencadear a depressão”, explica a profissional.

Assim como acontece com as pessoas, os animais, quando estão deprimidos, manifestam sintomas, especialmente em sua personalidade e em seu comportamento. A veterinária afirma que conhecer o temperamento do animal é essencial para que tutores possam identificar a doença. “A falta de interesse em brincar, não querer mais passear, evitar carinho de outras pessoas, se tornando agressivo algumas vezes, a perda de apetite, começando a rejeitar alguns alimentos, a sonolência e até a lambedura em excesso são sinais comuns da depressão, reparar se o animal constantemente se lambe principalmente nas extremidades do corpo e cauda”, orienta Kamylla.

Procure um profissional

Ao notar algum desses sinais em seu cachorro, é de extrema importância leva-lo ao veterinário o quanto antes. “Para reverter o quadro depressivo, é necessário que o tutor busque a orientação de um médico veterinário o quanto antes, pois, após uma avaliação clínica detalhada, o profissional conseguirá fechar o diagnóstico do animal e entrar com o devido tratamento buscando amenizar os sinais. Também é de grande ajuda encaminhar o animal para um profissional em comportamento canino, pois com a terapia especializada é possível descobrir os fatores que desencadearam o comportamento depressivo do animal”, aconselha a médica.

Os animais são sociais, gostam de encontrar outras pessoas, outros bichinhos. Os passeios promovem essa socialização, dessa forma eles gastam energia e reduzem o estresse, aliviam o tédio e por consequência melhoram o humor. Apesar de ser difícil sair regularmente com os bichinhos, por conta rotina corrida, é importante pelo menos tentar. Caso não tenha tempo disponível você pode leva-los para lugares que oferecem serviço de recreação.

“Hoje em dia, muitos lugares possuem recreação para animais, levar o animal pelo menos duas vezes na semana ajuda a fazer com que ele se sinta feliz, porque em casa sozinho, ele se sente abandonado e pode apresentar quadro depressivo. Se o dono precisa viajar de férias, lugares que possuem hotel para cães é a melhor escolha, o animal não vai ficar sozinho, vai ter amiguinhos para brincar todos os dias e até mesmo os recreadores para fazer companhia”, recomenda.

A veterinária ainda deixou um conselho muito importante. “Vale ressaltar que muitos tutores tem tempo, mas não dão atenção ao seu pet, não se dedicam ao seu animal, se for assim, o ideal é que tais pessoas nem tenham cães, porque esses animais precisam da atenção e do carinho”, finaliza.

(Texto: Bruna Marques)

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