É preciso adiar viagem ao exterior, recomenda especialistas

Reprodução/Agência Brasil
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Infectologistas recomendam repensar e, se possível, adiar viagens para o exterior diante da alta de casos de covid-19 na Europa e a detecção de uma nova variante da COVID-19 na África do Sul.

“A menos que seja viagem de trabalho ou por razões de saúde, não é o momento mais adequado”, diz o infectologista Evaldo Stanislau, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). Ele lembra que Europa e Estados Unidos estão vivendo um momento de aceleração da pandemia.

“Obviamente as pessoas que viajarem estarão vacinadas, mas acho difícil que usem máscara, que se preservem. E, com o espalhamento da variante recém descrita, acho realmente que as pessoas deveriam repensar”, completa Stanislau. O surgimento da cepa B.1.1.529, detectada na África do Sul, com grande número de mutações, preocupa a Organização Mundial da Saúde (OMS) e autoridades locais.

Na Europa, o aumento de infecções é atribuído à prevalência da variante Delta, a reuniões de pessoas em ambientes fechados, grupos de não vacinados e proteção em declínio entre aqueles que foram imunizados há mais tempo. Países como a Áustria impuseram restrições severas aos seus cidadãos. Na Alemanha, o ministro da Saúde em exercício classificou a situação como “mais grave do que nunca”.

Para Carlos Magno Fortaleza, infectologista e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), a recomendação de não viajar agora vale tanto para Europa e Estados Unidos quanto para África e Ásia. Ele lembra que voos para países da Ásia, como o Japão, passam em geral por aeroportos com grande concentração de pessoas de todos os continentes – o de Dubai é um exemplo.

Quem já comprou passagens para o fim do ano ou início de 2022 pode monitorar o avanço da pandemia nas próximas semanas para tomar uma decisão sobre a viagem. Para quem não comprou ainda, a orientação é esperar e acompanhar a evolução da doença. E quem está com viagem marcada nos próximos dias, na opinião de Fortaleza, não deve ir.

“Sei que é difícil dizer isso para pessoas trancafiadas há dois anos”, afirma o infectologista da Unesp. “Mas se eu tivesse passagem comprada para a Europa amanhã, não iria.” Deslocamentos para países na América do Sul ou para cidades dentro do Brasil, por enquanto, são menos arriscados, na opinião do médico.

Com informações Terra

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