Nós vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar a eleição

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Entre Linhas, com Gabriel Pollon

Todos conhecemos a célebre frase proferida pelo José Dirceu logo após a eleição do Bolsonaro em meados de 2018, “nós vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar a eleição”.

Muito se disse à época sobre o conteúdo da afirmação proferida pelo ex -ministro da casa civil do governo Lula, mas afinal, essa frase quer dizer o que? Se trata de urnas eletrônicas? De fraude eleitoral? De golpe?

Se engana o leitor que acredita se tratar de quaisquer dos temas acima. Trata-se de “tomar o poder, que é diferente de ganhar as eleições”.

Mas o que é o poder? O que são as eleições? Pois bem, o brasileiro médio acredita que o poder está diretamente ligado a algum cargo eletivo e que as eleições são o ápice da democracia, encerrando assim a sua participação como cidadão no processo democrático.

Ledo engano. O voto, ao contrário do que acredita o afegão médio, não é o fim do processo democrático, mas sim o começo, pois é através do voto que o cidadão constitui seu representante para que atue em seu nome perante as estruturas do poder constituído, contudo, ao contrário do que se imagina, a relação entre poder constituinte e poder constituído não se encerra por aí, é necessário que o eleitor acompanhe os passos de seu representante durante sua vida pública, fiscalizando e cobrando.

Por outro lado, quando se fala de poder, é importante frisar que este não está sempre ligado a cargo eletivo, e que todo cidadão em sua esfera de ação exerce algum tipo de poder, uma vez que o ser Humano é um ser social por natureza.

Urge que entendamos o papel crucial que temos como cidadãos nas estruturas de poder social, sejam nas associações, sindicatos, paróquias e comunidades em geral.

O sul mato-grossense em geral é majoritariamente conservador, portanto de direita, porem dedica a maior parte do seu tempo a seu trabalho e família, concentrando seus esforços em manter seus compromissos em dia, o que é legitimo.

Porém, o momento atual nos chama a adotarmos uma postura ativa dentro das estruturas de poder social, sendo necessário que abdiquemos de um pouco de tempo que dedicamos as nossas famílias e aos nossos negócios, mesmo que isso implique, muitas vezes em prejuízos nos negócios e sintamos falta de passar mais tempo em família.

Devemos assumir, portanto, o papel de protagonistas do destino de nossa casa, bairro, município, estado e nação.

Só assim poderemos tomar as rédeas do futuro do nosso país, isso já não mais para nós, mas em honra ao pacto intergeracional, ou seja devemos deixar um país melhor para os nossos filhos do que o que recebemos de nossos pais.

Empreitada dura? Evidentemente, mas não impossível! Caso contrário, não basta elegermos um presidente qualquer, um indivíduo sozinho, desalinhado ao estamento burocrático, pouco ou nada poderá fazer. Acesse também: Palmeiras vive semana agitada no mercado

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