Indígenas ameaçam bloquear rodovias federais de MS após troca de coordenador

Rodovia
Foto: Divulgação/Governo do Estado de MS/Saul Schramm/Arquivo

Comunidades da região sul do Estado querem bloquear BR’s como forma de protesto

Arildo Alves Alcântara foi exonerado da coordenação do Distrito de Saúde Indígena de Mato Grosso do Sul, conforme portaria publicada no Ministério da Saúde, publicada nesta terça-feira (17), no Diário Oficial da União.

No lugar dele, assume Lindomar Ferreira da Silva, indígena terena de Miranda, ex-diretor do Departamento de Promoção de Política Indigenista, do Ministério dos Povos Indígenas.

A questão é que a mudança não agradou os indígenas que condenam o movimento como “manobra política”.  As liderança se mobilizam até Dsei-MS (Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul), e estimam ocupar o local até que recebam um posicionamento da ministra Sonia Guajajara. Além disso, algumas comunidades da região sul do Estado estão querendo bloquear as BR’s como forma de protesto.

“As comunidades indígenas de MS têm dois movimentos grandes conhecido internacionalmente: O Tiguassu, – Guarani Kaiowá e Guarani Terena, da região norte, que não aceitaram da forma que está sendo conduzindo essa troca da coordenação”, explica Arildo.

“Se não fazermos isso, daqui um dia ninguém respeita nossas decisões. Sabemos do que precisamos para a comunidade, não o homem branco. A forma que está sendo colocado a administração é uma forma de dizer, pelo olhar das pessoas, que não somos capazes de nos conduzir”, alerta.

“A comunidade hoje não aceita a troca de coordenador sem consulta nem da nossa ministra, cadê o respeito? Enfim, prevalece a política, mas e o respeito com a comunidade que está sofrendo com esse período de estiagem?”, conclui Arildo.

Movimentação

Na sede da Dsei-MS se encontram comunidades dos municípios de Miranda, Aquidauana, Dois Irmãos do Buriti, Sidrolândia, Nioáque, caciques do contexto urbano de Campo Grande e lideranças da região de Conesul, ou seja, Dourados, Amambai, Antônio João, Paranhos, Corumbá, também kadiweus de Botoquena e Bonito.

A pasta do Ministério dos Povos Indígenas foi consultada pelo O Estado, que pediu o posicionamento da ministra. No Entanto, a assessoria esclareceu que os Distritos Sanitários Indígenas são administrados pelo Ministério da Saúde. Acesse também: Categoria da educação pede por reajuste para administrativos e auxílio-alimentação

Com informações do repórter João Gabriel Vilalba

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