A administração do Asilo São João Bosco em Campo Grande passará por uma disputa de poder nos próximos dias, mesmo com a atual gestão brigando pela reeleição com uma candidatura única, uma chapa de oposição foi criada para acirrar a disputa.
Na última quinta-feira (2), a ARSJB (Associação Recanto São João Bosco) convocou todos associados para uma reunião na sede do asilo em Campo Grande, para uma Assembleia Geral Extraordinária, para discutir a prorrogação do mandato até nova eleição e também a designação de comissão eleitoral.
A frente da chapa de oposição, a advogada Renata Lacerda denuncia que a diretoria se reuniu e mudaram o estatuto antes do pleito. “Somente beneméritos podem votar ou participar das chapas. Acontece que a pessoa só vira benemérito após uma assembleia, onde eles votam se a aceitam. Ou seja, mesmo no meu caso, que colaboro com o asilo há anos, não sou benemérita, dependo do aceite deles.”
“Além disso estão excluindo vários beneméritos, pessoas que fizeram parte da história do asilo, diga-se fundamentais ao que o asilo é hoje. A intenção é continuar na administração do asilo, afastando críticos ou pessoas com vontade de participar da administração”, comenta.
Na avaliação da advogada, falta prestação de contas e transparência nos gastos.
Propostas
Entre as propostas da nova chapa, está o restabelecimento do brechó do asilo com preços acessíveis. De acordo com Renata, o brechó passou a ser uma loja normal. Já na questão das atividades dos idosos, a falta de uma horta no espaço também seria interessante na opinião dela.
“A minha intenção também é trabalhar com musculação no asilo, fazer um trabalho de prevenção, para que os idosos que precisam de assistência tenham oportunidade de voltarem a ser independentes e, os que tem essa autonomia, continuem assim”, diz.
Parceria com órgãos públicos para construção de uma academia ao ar livre e contratação de personais trainers preparados, além dos fisioterapeutas, também está no planejamento para evitarem que os idosos adoeçam. “Temos intenção de aumentar o número de idosos no asilo, que conta com 102 funcionários. Hoje existem mais profissionais contratados do que idosos”.
Por fim, Renata cita um projeto interessante de disponibilizar o asilo em meio período. “Assim como nas creches, queremos que os filhos ou netos deixem seu ‘vôzinho’ lá apenas alguma parte do dia, para passar o dia fazendo atividades e no final da tarde ele é buscado.”
Devemos ampliar os trabalhos de artesanato para mulheres, com aquisição de maquinários, muitas delas são costureiras e artesãs. Também voltar atenção à questão da biblioteca do asilo, que hoje não existe mais. A manutenção intelectual deles é fundamental”, conclui.