Economia criativa: empreendedores “surfam” maré alta de clientes sem levar “caldo” da COVID

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Arte: O Estado Play

O segmento da economia criativa em Campo Grande parece ter voltado ao caminho da “onda” forte que se encontrava anterior à pandemia. Ou pelo menos é o que indicam alguns empreendedores regionais que assumiram o risco de gerir seu próprio negócio e conseguiram sobreviver bravamente durante a crise econômica que assolou o mundo devido ao coronavírus.

Na Capital, O Estado Play conversou com alguns nomes que exercem renda em diferentes áreas – desde maquiagem, fotografia e até “mestre-cuca” –, explorando assim valor econômico dos seus negócios com um toque de criatividade. Entre eles, o gastrônomo Lucas Melo, 30 anos.

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Lucas já fechou contratos “doces” para este fim de ano. Foto: Reprodução/Instagram

“O que caiu uns 80% no ano passado em compensação agora está voltando com força. Por exemplo, já tenho fechado encomendas tanto corporativas – com mini panetone e mimos – quando para ceia natalina. Em 2020 tive quase nada. Mas agora vai ter um pouco de tudo”, comemora o proprietário da confeitaria Docearte.

Na “aquecida” das datas comemorativas, clima de otimismo que brilha de beleza a clientela e tempera de cifrão o bolso. “Não tenho o que reclamar, só agradecer. Voltei com tudo, e está muito gostoso colocar as contas em dia!” brinca a maquiadora Pamella Eifler, 35 anos, nove deles dedicados à profissão.

Pam confirma: “cliente ‘nova’ agora só em lista de espera”. Foto: Reprodução/Instagram

Ela conta que está com uma lista de espera justamente porque o volume de clientes anda bastante intenso. “Já fechei o mês de dezembro. No mês passado, atendi com 94 makes, além dos cursos que também leciono. Ano passado, isso não chegava a 20”, relembra.

“Maré” boa também para o fotógrafo Renan Kubota, de 33 anos. “O que era ‘total zero’ em 2020 agora voltou a ter casamentos, festas e mais. Tudo que foi se adiando no ano passado, esperando por dias melhores, parece que chegou em 2021 graças à vacinação”, celebra.

Clique de casal registrado pelo fotógrafo: “dezembro vai bombar”. Foto: Renan Kubota

Para ele, os contratos anteriores deram uma aquecida junto com o movimento dos novos que foram assinados. “Está até faltando os assistentes freelancers de fotografia no mercado campo-grandense. No grupo de WhatsApp com a galera de foto que participo, quando um não pode realizar o serviço por estar com a agenda cheia, compartilha com outros. Está todo mundo trabalhando”.

Não é só de cliques que Campo Grande vai “bombar”, mas de trabalhos temporários também. Só na Capital, cerca de 3 mil trabalhadores – podendo chegar a 6 mil até janeiro – serão contratados, segundo levantamento da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande).

Pelo Estado, de acordo com análise da Fetracom/MS (Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul), esse número chega a 15 mil trabalhadores empregados.

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