Por Bela Reina [Jornal O Estado]
A construção de novas casas tem mantido o setor imobiliário aquecido em Campo Grande. O que explica isso é a busca por geração de renda com casas de aluguéis, conforme o presidente do Secovi-MS (Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul), Geraldo Paiva.
Segundo Paiva, diversas pessoas estão aplicando o dinheiro na construção de casas para posteriormente poder alugar.
“O que está acontecendo é que tinha muita gente com dinheiro guardado e que estão começando a construir para fazer renda de locação, usando o dinheiro aplicado que não estava dando lucro. É o que está deixando a indústria da construção aquecida, são pessoas que estão querendo ter renda de locações”, explicou.
De acordo com o presidente do Creci-MS (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Mato Grosso do Sul), Eli Rodrigues, mesmo que a taxa Selic esteja em alta, o custo da produção ainda não foi repassado totalmente para o comprador.
“O mercado imobiliário continua com fôlego. O déficit habitacional é grande, e apesar das taxas de juros não serem das mais convidativas, temos a compensação do valor dos imóveis que ainda estão num patamar de preço que vale a pena comprar para moradia ou mesmo a título de investimento, até porque o custo de produção ainda não está sendo repassado totalmente”, destacou.
Aumento
Conforme o Índice FipeZAP – que acompanha o comportamento dos preços de venda de imóveis residenciais em 50 cidades brasileiras –, o preço médio de venda de imóveis residenciais em Campo Grande, no mês de fevereiro, foi de 1,50%, com o metro quadrado custando R$ 4.749.
A variação acumulada no ano é de 3,50%. Já o acumulado dos últimos 12 meses resultou em 9,34%. O preço médio dos imóveis no segundo mês do ano é de R$ 4.749 por metro quadrado.
A pesquisa mostra ainda que o metro quadrado vendido na região do Prosa está R$ 6.426, com variação de 6,1% nos últimos 12 meses.
Na região do Centro, o custo médio é de R$ 4.751 e a variação acumulada, de 10,9%. No Segredo, o metro quadrado custa R$ 3.887, com acumulado de 11,9% em 12 meses.
O imóvel vendido no conjunto de bairros que formam o Anhanduzinho variou 1,1% nos últimos 12 meses e está custando R$ 2.893 o m².
Na região da Lagoa, o preço do metro quadrado está R$ 2.800. Neste caso, a variação teve queda de 8,9%.
Por fim, no Imbirussu, o valor do metro quadrado está por R$ 2.604, variando 6,5% em 12 meses.