Campo Grande 122 anos: Em 42 anos, Leonildo faz parte do desenvolvimento do abastecimento de água e tratamento de esgoto da Capital

Campo Grande 122 anos: Em 42 anos, Leonildo faz parte do desenvolvimento do abastecimento de água e tratamento de esgoto da Capital

Supervisor iniciou a carreira na Senul durante a divisão do Estado

Beatriz Magalhães

Aos 60 anos, Leonildo Arruda é a própria história do desenvolvimento do abastecimento de água e tratamento de esgoto de Campo Grande. Sua trajetória na Águas Guariroba, empresa que hoje tem a concessão no Estado, começou na divisão de Mato Grosso, quando a Sanesul era responsável pela distribuição de água e esgoto na Capital sul-mato-grossense.

Nascido em Dourados, Leonildo se mudou para Campo Grande ainda quando criança. O pai, agricultor, viu aqui uma melhor oportunidade e hoje, Leonildo julga ter sido a melhor decisão. O supervisor de equipes começou a trabalhar com pouca idade, aos nove anos trabalhou em um armazém, aos 13 foi efetivado em uma rede de supermercados da época e depois saiu para servir ao quartel. 

Seu Leonildo tentou entrar na base aérea de Campo Grande, mas foi dispensado e então, soube de uma prova seletiva da Sanesul, fez o processo seletivo e conseguiu o 5º lugar, dentre os 100 candidatos. 

fichas

A atividade inicial era realizar cadastros, e para isso percorreu casa por casa, e depois de concluir o cadastramento das famílias de Campo Grande, viajou o interior para desempenhar o mesmo serviço. 

“Eu andava com uma prancheta que continha uma planilha, isso para registrar casa por casa para armazenar as informações em fichas. Depois de fazer os registros em Campo Grande, fui viajar o Estado e fiquei nisso por quatro anos, também com o setor de cadastro, fazendo a identificação de cada cliente para o cadastramento”, relembra.

Leonildo conta que passou por várias mudanças, e a principal delas foi a digitalização. Ele conta sobre as limitações do transporte e de como agora tudo ficou mais rápido, simples e eficiente. 

ordem

“Hoje tem caminhão, máquina, um carro para cada equipe, seja quatro ou cinco pessoas, como um meio de locomoção mais rápida. Naquela época [que comecei] tínhamos a ordem de serviço escrita à mão. Hoje você sai e já tem tudo no celular, pra onde você tem que deslocar, a velocidade que tem que percorrer em certas vias, tudo isso. Essa foi uma mudança muito grande que nós tivemos”, conta. 

Em Campo Grande, Leonides construiu a vida. Se casou com a neta da dona do armazém que trabalhou pela primeira vez e disse que espera que a família cresça logo.

“Minha esposa é daqui de Campo Grande mesmo e eu tenho uma filha. Ela é advogada, mora em São Paulo e é casada”, e com um sorriso disse estar “esperando logo por um neto”.

Reservado, o supervisor falou pouco sobre a vida em casa, e voltando a falar sobre trabalho ele lembra da família que construiu ao longo de 42 anos.

“Aqui na Águas eu fiz amizade e tudo mais. Tem filho que não é filho, neto que não é neto. Muitos me chamam mesmo de pai, de avô. Eu só tenho a agradecer a todos que trabalham comigo. É aquilo né, se a gente trata bem nosso companheiro de trabalho, somos recompensados no futuro e eu tenho uma família aqui”.

cadastro

Leonildo Arruda começou sua vida profissional no setor de cadastro, depois foi para o financeiro e a partir daí só cresceu dentro da empresa. Ele presenciou muitas mudanças, acompanhou a substituição de novos equipamentos para atender melhor o cliente, e afirma buscar sempre o melhor atendimento. Sem uma formação acadêmica, Leonides aprendeu com os desafios e diz buscar sempre aprender mais com cada um dos que trabalham junto dele. 

“Eu só fiz até o terceiro do segundo grau. De resto, aprendi tudo com a vida, e continuo aprendendo sobre qualquer coisa. Isso é importante, principalmente quando se trabalha com o que faço. É preciso desempenhar tudo com muita qualidade, para que não dê problema pra gente mesmo”, considera. 

Com os dias bem corridos, Leonides vive em campo, trabalhando pelas ruas da Cidade Morena. Depois de um tempo de conversa, ele conclui, agradecido pelo que viveu aqui.

“Campo Grande é minha casa, onde eu vivi, ganhei o pão. Não tenho uma explicação definida, só sei dizer que é a minha casa”, declara com a emoção contida em poucas palavras.

Confira o caderno de Aniversário de Campo Grande neste link.

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