O avião agrícola que caiu no dia ontem (19) e deixou o piloto com 90% do corpo carbonizado em zona rural do município de Santa Rita do Pardo é mais um entre o somatório de acidentes graves e/ou fatais que Mato Grosso do Sul teve no decorrer deste ano. Nos últimos dez anos, foram registrados 84 episódios em que aeronaves acabaram vindo de encontro ao solo sul-mato-grossense – 17 deles com vítimas fatais.
As informações são do Painel Sipaer, ferramenta do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) – órgão ligado à Força Aérea Brasileira – que compilou dados sobre as ocorrências aeronáuticas da Aviação Civil Brasileira na última década. E Mato Grosso do Sul está no “top 10” em acidentes.
O Estado ranqueia em 8º lugar no páreo, perdendo “apenas” para os campeões São Paulo (389), o vizinho Mato Grosso (171) e, por fim, o estado de Rio Grande do Sul, com 168 casos de acidentes aéreos. Segundo o painel, 2019 foi para MS o que teve maior índice de fatalidades.
Já em incidentes e incidentes graves – quando uma ocorrência até tem potencial fraco, médio ou forte de ocasionar um acidente aéreo, mas não se concretiza –, Mato Grosso do Sul acumula 59 e 26 casos, respectivamente, no últimos dez anos.
Anterior ao acidente de segunda-feira, uma aeronave caiu no início do mês de dezembro na região de Aral Moreira, distante 397 quilômetros de Campo Grande. Proveniente do tráfico de drogas, o bimotor foi incendiado após a queda e, conforme informações extraoficiais, um corpo foi retirado junto com a carga de entorpecentes. A polícia chegou na sequência – não houve prisões muito menos apreensões de ilícitos no local.
Mesmo com a tragédia em Santa Rita do Pardo na segunda-feira, o piloto continua vivo. Transferido para Campo Grande, ele continua em estado grave. Informações são de que, durante uma pulverização, o avião caiu em plantação de eucalipto numa fazenda entre os municípios de Brasilândia e Bataguassu.